O DoJ (Departamento de Justiça) dos EUA antecipou, na terça-feira (8), que exigirá do Google (GOGL34) alterações profundas em seu modelo de negócios. O movimento poderia, inclusive, considerar uma divisão da empresa, após a gigante ser julgada responsável por operar um monopólio ilegal.
Em um documento de 30 páginas enviado ao juiz federal de Washington, Amit Mehta, o DoJ apresentou possíveis alterações “estruturais”, que vários analistas interpretaram como uma possível divisão do Google (GOGL34).
O governo norte-americano sugere impedir que a gigante da tecnologia use seu navegador Chrome, sua loja de aplicativos Google Play Store e seu sistema operacional para plataformas móveis Android. Essas mudanças visam evitar que o Google obtenha vantagens para o seu “motor de busca”.
Mehta foi quem declarou o Google suspeita de práticas anticoncorrenciais, em um julgamento que evidenciou como o buscador recebeu grandes somas por exclusividade por parte de fabricantes de smartphones e navegadores de Internet, como demonstrado o “Correio do Povo”.
No mês de setembro, o Google correspondeu a 90% do mercado mundial de buscas online e a 94% dos smartphones. O documento, publicado na véspera, é uma versão preliminar das recomendações que o DoJ enviará ao juiz em novembro.
Google: oferta para comprar a Wiz por US$ 23 bi é rejeitada
A Google propôs a aquisição da empresa de segurança cibernética Wiz por US$ 23 bilhões, mas a oferta foi rejeitada, segundo informações da Bloomberg.
A negativa é um impasse nos planos da gigante de softwares de crescer no mercado de serviços em nuvem, visando alcançar a Microsoft e a Amazon.
A startup sediada em Nova York se conecta a provedores de armazenamento em nuvem, como Amazon Web Services e Microsoft Azure, e verifica os dados armazenados lá em busca de riscos de segurança.
O Google, que comprou a empresa de segurança cibernética Mandiant por US$ 5,4 bilhões há apenas dois anos, em sua segunda maior aquisição, poderia ter usado a Wiz para completar suas ofertas de segurança.