Petrolíferas

Brava Energia (BRAV3) anuncia incorporação de subsidiárias

A empresa aprovou os protocolos e justificações para a incorporação da Enauta e da 3R Operações Offshore pela 3R Petroleum

Brava Energia
Foto: Divulgação

O Conselho de Administração da Brava Energia (BRAV3), fruto da combinação da 3R Petroleum com a Enauta, comunicou, via fato relevante, a reorganização societária da companhia.

A empresa aprovou os protocolos e justificações para a incorporação da Enauta e da 3R Operações Offshore pela 3R Petroleum. Os termos serão submetidos à deliberação em AGE (assembleia geral extraordinária).

A companhia estima que os custos e despesas relacionados a essa reorganização societária serão de até R$ 380 mil, incluindo os custos com avaliações, assessoria jurídica, publicações e demais despesas relacionadas.

Considerando que a totalidade das ações das companhias são detidas integralmente pela Brava, a incorporação não acarretará emissão de novas ações, nem alteração de seu capital social.

Brava Energia (BRAV3): Dois gatilhos podem fazer ação disparar, vê BofA

Brava Energia (BRAV3) não conseguiu embalar na bolsa desde sua estreia em 9 de setembro, acumulando uma queda de 21%. No último mês, o valor de mercado da empresa encolheu R$ 4 bilhões, refletindo o pessimismo dos investidores.

A retração no preço do petróleo e a interrupção nas operações do campo Papa Terra afetaram negativamente o sentimento do mercado. Mesmo com esse cenário adverso, alguns analistas veem oportunidades na companhia, resultado da fusão entre 3R Petroleum e Enauta.

Entre eles está o Bank of America (BofA), que ajustou seu preço-alvo para R$ 28, representando um potencial de valorização de 60%, recomendando compra. Para os analistas, as ações da Brava estão subvalorizadas e atrativas o suficiente para chamar a atenção.

No relatório, o Bank of America ressalta dois fatores que podem impulsionar as ações da Brava Energia: a implementação do Sistema de Desenvolvimento Completo no campo de Atlanta, prevista para meados de novembro, que, segundo os analistas, pode ter um impacto transformador devido à sua robusta capacidade de geração de caixa; e a retomada das operações no campo Papa-Terra, que está agendada para dezembro.

“Nossa visão positiva para a empresa é baseada em uma avaliação atraente – sob o preço atual das ações, mesmo assumindo um desenvolvimento de reserva mais conservador, bem como maiores opex (gastos operacionais) e capex (investimentos) para os ativos da 3R”.

O Bank of America projeta robustos rendimentos de Fluxo de Caixa para o Patrimônio (FCFE) de 29% para os anos de 2025 e 2026, com múltiplos de EV/Ebitda estimados em 2,7x e 2,5x, respectivamente, considerando preços do petróleo de US$ 75/bbl e US$ 70/bbl.