Pior que o esperado

Serviços recua 0,4% em agosto, primeira queda em 6 meses

No acumulado do ano, o volume de serviços cresceu 2,7% frente a 2023; no indicador dos últimos 12 meses, houve avanço de 1,9% em agosto

Setor de Serviços
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

O volume do setor de Serviços recuou 0,4% em agosto, a primeira queda desde fevereiro, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (11).

No mês anterior, o setor surpreendeu com crescimento de 1,2%. Já na comparação com agosto de 2023, houve crescimento de 1,7%, no quinto resultado positivo dessa leitura.

No acumulado do ano, o volume de serviços cresceu 2,7% frente a igual período de 2023. Já no indicador dos últimos 12 meses, houve avanço de 1,9% em agosto, repetindo as últimas taxas de junho e julho.

Os dados do mês vieram piores que o esperado pelo consenso LSEG de analistas, que estimava uma alta de 0,2% no volume do setor na comparação mensal. Na medição anual, a estimativa era de crescimento de 3,6%.

Atividades do setor de Serviços

O destaque de recuo entre as atividades do setor de Serviços foi informação e comunicação (-1,0%), que devolveu parte do ganho de 3,7% acumulado nos dois meses anteriores.

A outra retração veio de transportes (-0,4%), que emplaca a segunda taxa negativa seguida, acumulando uma perda de 2,0%.

Em contrapartida, outros serviços (1,4%) e serviços prestados às famílias (0,8%) registraram os avanços do mês, com o primeiro ramo assinalando uma expansão de 1,7% no período julho-agosto, enquanto o último alcançou um ganho acumulado de 4,7% entre maio e agosto.

Por sua vez, o setor de profissionais, administrativos e complementares (0,0%) ficou estável no mês.

“Em agosto, os serviços mostraram uma pequena devolução do ganho de 1,6% registrado nos dois meses anteriores. Percebemos uma redução de receita nas empresas que atuam com exibição de cinema; correios; transporte aéreo, telecomunicações e atividades jurídicas. Em termos setoriais, o destaque negativo ficou com o setor de informação e comunicação, pressionado pelos serviços audiovisuais (onde são investigados os cinemas) e por telecomunicações”, explicou Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa.

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total do volume de serviços mostrou expansão de 0,4% no trimestre encerrado em agosto de 2024 frente ao nível do mês anterior.