Cortes na Malásia

TikTok demite 500 funcionários para apostar em IA 

A medida faz parte de uma reestruturação estratégica das operações, visando a implementação de IA

TikTok
TikTok/ Foto: Pexels

O TikTok, plataforma de mídia social controlada pela chinesa ByteDance, informou na última sexta-feira (11) que demitiu aproximadamente 500 funcionários, com a maior parte dos cortes ocorrendo na Malásia.

A medida faz parte de uma reestruturação estratégica das operações, visando a implementação de Inteligência Artificial (IA) para aprimorar a moderação de conteúdos na rede social.

“Estamos fazendo essas mudanças para fortalecer nosso modelo operacional global de moderação de conteúdo”, afirmou um porta-voz da empresa à agência Reuters.

De acordo com a fonte, a empresa prevê um investimento de US$ 2 bilhões em tecnologia para automatizar o sistema de moderação de conteúdo.

O TikTok também divulgou que já removeu 80% dos conteúdos que violavam suas diretrizes. A plataforma conta atualmente com mais de 110 mil funcionários espalhados por mais de 200 cidades ao redor do mundo.

No entanto, as demissões não se encerram por aqui. A ByteDance anunciou planos para realizar novos cortes de pessoal em novembro.

TikTok e IA ameaçam domínio do Google no mercado de anúncios

O cenário da publicidade digital está prestes a sofrer uma grande transformação, com o Googleenfrentando ameaças significativas ao seu domínio no mercado de anúncios em buscas.

Duas forças emergentes estão desafiando a hegemonia da gigante de Mountain View: o TikTok e as tecnologias deinteligência artificial (IA).

O TikTok, popular aplicativo de vídeos curtos, está expandindo sua presença no mercado publicitário ao oferecer às marcas a possibilidade de direcionar anúncios com base nas pesquisas realizadas pelos usuários na plataforma.

Esta abordagem se assemelha ao modelo principal adotado pelo Google, marcando uma mudança significativa na estratégia do TikTok, que anteriormente não permitia a segmentação de anúncios por palavras-chave.

Alguns anunciantes já tiveram a oportunidade de testar esta nova modalidade, com resultados promissores, especialmente nos setores de eletrônicos de consumo, vestuário e beleza. Para participar, as empresas precisam se comprometer com um investimento mínimo de US$ 10 mil mensais durante pelo menos dois meses.