Incerteza econômica

FMI: é preciso ampliar credibilidade de políticas fiscal e monetária

Nos cálculos do FMI, um aumento de um desvio padrão nas medidas de incerteza macroeconômica reduz o crescimento real do PIB

Foto: Divulgação
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O crescimento da incerteza econômica global desde a pandemia da Covid-19, somado a um ambiente de choques inflacionários e tensões geopolíticas crescentes, pode afetar significativamente a estabilidade macrofinanceira. O alerta foi feito pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) nesta terça-feira, que pontuou ser necessário fortalecer a credibilidade e a transparência das políticas monetária, fiscal e do setor financeiro.

Segundo o FMI, esse cenário pode elevar os “riscos de cauda” em um ambiente negativo nos mercados financeiros e ampliar o efeito de vulnerabilidades macrofinanceiras, com potenciais riscos sobre o avanço econômico.

As afirmações foram divulgadas por meio do relatório sobre estabilidade financeira da organização. No documento, o fundo relata as maneiras pelas quais o crescimento da incerteza econômica pode afetar a expansão da atividade econômica nacional.

“Os resultados mostram que um aumento na incerteza macroeconômica está associado a um aumento significativo no risco de baixa para o crescimento futuro do PIB [Produto Interno Bruto]”, disse o fundo, de acordo com o “Valor”.

Nos cálculos do FMI, um aumento de um desvio padrão nas medidas de incerteza macroeconômica reduz o crescimento real do PIB de um trimestre à frente em 0,5 a 2 pontos percentuais, em base anualizada.

EUA: FMI desaconselha corte de juros e incentiva aumento de impostos

FMI (Fundo Monetário Internacional) disse que os EUA não devem cortar os juros até o final de 2024 e que o governo preciso aumentar a arrecadação de impostos para desacelerar a dívida federal.

As sugestões constam no relatório detalhado da revisão anual do “Artigo 4º” do FMI, sobre as políticas econômicas dos EUA.

O Fundo tem enfatizado a necessidade de maior prudência fiscal, uma vez que os déficits dos EUA continuam aumentando, apesar do crescimento econômico robusto.

O economista-chefe do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas, disse à Reuters na terça-feira (16) que o Fed pode se dar ao luxo de esperar mais tempo para começar a afrouxar sua política monetária devido a um mercado de trabalho forte.