Turismo

Negócios: Club Med e DC Set Group vão construir mega resort de R$ 1 bi

O negócio turístico será o quarto village da marca no Brasil e o primeiro da Exclusive Collection na América do Sul

Foto: Club Med/ Divulgação
Foto: Club Med/ Divulgação

Um novo negócio está à vista entre o Club Med, renomada rede francesa de resorts premium all inclusive, e o DC Set Group, um hub de entretenimento. As empresas vão construir o Club Med Gramado com um investimento superior a R$ 1 bilhão.

O empreendimento será o quarto village da marca no Brasil e o primeiro da Exclusive Collection na América do Sul. O local ocupará uma vasta área de 200.000 m² em Gramado, uma das cidades turísticas mais importantes do Rio Grande do Sul.

Em cerimônia realizada no vilarejo de Val d’Isère, na França, onde o Club Med mantém uma de suas unidades exclusivas, as empresas oficializaram o acordo. 

Estiveram presentes executivos de peso dos dois grupos, como Henri Giscard d’Estaing, presidente global do Club Med; Janyck Daudet, CEO do Club Med para a América do Sul. 

Além deles, também marcaram presença o sócio e copresidente do DC Set Group, Dody Sirena, e o CEO do grupo brasileiro, Rodrigo Mathias. A previsão é que a inauguração do novo resort aconteça em 2026.

Impostos corporativos barram avanço dos negócios brasileiros

Enquanto os corporativos europeus, norte-americanos e de outras origens, encontram mais espaço e usufruem de acordos, iniciativas e investimentos firmados, do outro lado do muro, as empresas latino-americanas e caribenhas lidam com a maior média de impostos corporativos do mundo, como indicou o Banco Mundial.

Essa separação, conforme apontaram especialistas consultados pelo BP Money, cria uma barreira que prende o crescimento das empresas e a atração dos investimentos.

A América Latina e o Caribe, segundo a instituição, têm os maiores impostos para empresas do mundo, com o Brasil e a Colômbia liderando o ranking. Só de IRPJ (Imposto de Renda de Pessoa Jurídica), os as empresas brasileiras pagam 15%, quando de menor porte. 

Grandes companhias recebem uma carga tributária ainda maior, incluindo o adicional de 10% para lucros acima de R$ 20 mil por mês. Além disso, há também a CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido). Sendo assim, esse grupo carrega uma carga tributária em torno de 34% no Brasil.

“Em termos econômicos, a alta carga tributária sobre as empresas brasileiras gera ineficiências produtivas, reduz a competitividade internacional e desincentiva a inovação, visto que muitas vezes é necessário deixar de investir para cumprir com obrigações fiscais”, disse Bruno Fediuk de Castro, sócio da DMGSA e da ALLSHOSE. 

Entre os negócios domésticos, dois setores essenciais para a economia tem despontado na tentativa de dar alguns alguns passos à frente e competir próximo às companhias estrangeiras: a energia e o agronegócio. 

O campo do agro é um velho conhecido da economia brasileira, visto que os itens mais comercializados do País são as commodities, que ainda exercem o maior peso no Ibovespa com a Vale (VALE3) e a Petrobras (PETR4)

Junto a isso, dado o contexto das mudanças climáticas e a pressão que o mundo corporativo tem sentido para fortalecer os incentivos às fontes sustentáveis, a energia tem impulsionado a abertura dos olhares estrangeiros de volta para o Brasil.