Em crise, Intel busca interessados em fatia avaliada em US$ 17 bi

A empresa a considerar a venda de uma participação minoritária na Altera, fabricante de chips programáveis

As ações da Intel têm enfrentado desafios ao longo deste ano, levando a empresa a considerar a venda de uma participação minoritária na Altera, fabricante de chips programáveis, como parte de uma reestruturação de seus negócios. 

De acordo com uma reportagem da “CNBC”, que cita fontes próximas ao assunto, a Intel está em busca de potenciais compradores para essa participação, que está avaliada em aproximadamente US$ 17 bilhões. 

A Intel havia adquirido a Altera em junho de 2015 por US$ 16,7 bilhões e, em fevereiro de 2024, anunciou planos para tornar a Altera uma empresa independente.

Durante a teleconferência sobre os resultados do segundo trimestre, realizada em agosto, o CEO da Intel, Pat Gelsinger, destacou que, à medida que a Altera se prepara para sua separação operacional completa até o final do ano, a empresa está focada em capitalizar o negócio e gerar receitas para a Intel, com a intenção de realizar uma oferta pública de ações nos próximos anos.

A informação divulgada pela CNBC não pegou os investidores de surpresa. Em setembro, Gelsinger havia enviado uma carta aos funcionários, explicando as iniciativas que a empresa adotaria para sua transformação, incluindo um acordo com a Amazon para a fabricação de chips personalizados e a gestão de caixa através da venda de parte da participação da Intel na Altera. 

Ele mencionou que essa estratégia sempre fez parte do plano para gerar recursos à medida que a Altera se dirige para um IPO (oferta pública inicial de ações).

Qualcomm sonda Intel para possível aquisição, diz jornal

Qualcomm fez uma abordagem de aquisição da fabricante de chips Intel nos últimos dias, noticiou o Wall Street Journal na sexta-feira (20), citando fontes familiarizadas com o assunto.

As ações da Intel fecharam em alta de 3,3%, enquanto as da Qualcomm caíram 2,9%. A Qualcomm, com uma capitalização de mercado de 188 bilhões de dólares, vale cerca de duas vezes mais que a Intel.

Uma aquisição colocaria a Qualcomm, conhecida por seus chips de telefone celular, no comando de um negócio histórico do Vale do Silício que criou as entranhas do computador pessoal moderno, mas tem lutado para fazer a mudança para chips que suportem IA (inteligência artificial).

Neste mês, a Reuters informou que a Qualcomm explorou a possibilidade de adquirir partes do setor de design da Intel e que sua unidade de design de computadores pessoais era de particular interesse.