As ações da Hypera (HYPE3) figuram a maior perda da B3 durrante o primeiro período do pregão desta segunda-feira (21), após o Itaú BBA rebaixar sua recomendação de outperform (compra) para market perform (neutro).
Por volta das 12h13 (horário de Brasília), as ações ordinárias da farmacêutica recuavam 15,58%, cotadas a R$ 21,67.
O preço-alvo htambém foi cortado, passando de R$ 37 para R$ 29 para o ano de 2025, em decorrência das recentes decisões da empresa sobre otimização de capital, que foram mal recebidas pelo mercado.
No relatório enviado a clientes, o banco destacou que “o movimento inesperado do mercado gerou uma pressão significativa sobre as previsões da Hypera para 2024 e 2025”.
Os analistas projetam impactos negativos no Ebitda e no lucro líquido até o segundo trimestre de 2025, além de uma revisão de 12% na receita líquida prevista para 2024, com uma queda esperada de 5% em relação ao ano anterior.
A análise também prevê uma redução de 20% na margem Ebitda, com uma diminuição de 3,2 pontos percentuais neste indicador para 2024. As estimativas para 2025 incluem cortes de 12% na receita líquida, 21% no Ebitda e 31% no lucro líquido.
Os analistas Vinicius Figueiredo, Lucca Marquezini e Felipe Amancio observam que os investidores estão mais cautelosos e menos dispostos a pagar antecipadamente por possíveis ganhos futuros, demonstrando uma sensibilidade maior às mudanças de curto prazo no mercado.
Hypera anuncia mudanças nas projeções financeiras
Em comunicado recente, a Hypera anunciou a suspensão de suas projeções financeiras para 2024, que incluíam uma expectativa de receita líquida de R$ 8,6 bilhões, um EBITDA ajustado de R$ 3 bilhões e um lucro líquido de R$ 1,85 bilhão.
A companhia também apresentou uma prévia dos resultados não auditados do terceiro trimestre de 2024, indicando uma receita líquida de R$ 1,9 bilhão, um EBITDA de R$ 561 milhões e um lucro líquido de R$ 370 milhões.
Além dessas atualizações, o conselho de administração da Hypera aprovou um programa de recompra de até 30 milhões de ações ordinárias, representando 7,487% do total de ações em circulação, com prazo para execução até abril de 2026.