O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta terça-feira (22) com baixa de 0,31%, aos 129.951,37 pontos. O dólar comercial subiu 0,11%, a R$ 5,69.
Novamente sem noticiário relevante e com uma agenda econômica parada, o Ibovespa engatou outra queda, a 4ª seguida. As commodities seguem sendo uma pedra no meio do caminho, com mineradoras e siderúrgicas caindo pela decepção com a China. No radar corporativo, a Magalu (MGLU3) puxou ainda mais o cenário desfavorável.
O Gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, teve alta de 0,08%, a US$ 104,10.
“Considerando que uma parte relevante do volume de negócios da bolsa brasileira é de investidores estrangeiros, é natural que dias de baixa do índice representem saída de moeda estrangeira”, explicou Felipe Castro, planejador financeiro e sócio da Matriz Capital.
A âncora do Ibovespa nesta sessão foi a Magalu. A empresa, assim como outras varejistas, sentem a pressão dos juros futuros, que subiram. Mas além disso, em relatório recente, o JPMorgan indicou que as empresas do setor alimentício devem ter um 3TRI24 fraco, destacando a Magalu pelo seu alto nível endividamento.
Em paralelo a isso, as mineradoras e siderúrgicas seguem sentindo o reflexo negativo da economia chinesa. O governo do país asiático anunciou na semana um pacote de estímulos ao setor de habitação, porém, este não foi bem recebido pelo mercado, que esperava mais.
Com isso, as empresas que negociam e trabalham com o minério de ferro acompanharam a queda dos preços internacionais da commodity.
Entre as poucas altas no Ibovespa, destacam-se Hypera (HYPE3), Suzano (SUZB4) e Grupo Pão de Açúcar (PCAR3).
“Hypera se valoriza diante da possibilidade de fusão com EMS (não listada em bolsa), anunciada ontem e que causou forte volatilidade para suas ações [na sessão de véspera]”, disse Castro.
“SUZB3, por sua vez, sobe após recomendações de compra de Santander e JP Morgan, com revisão de projeções no câmbio e no preço da celulose, repercutindo positivamente nos resultados esperados para a empresa”, prosseguiu o analista.
A Hypera (HYPE3) liderou os ganhos do Ibovespa, avançando 7,45%. Logo atrás, Vamos (VAMO3) e Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) registraram altas de 2,98% e 2,55%, respectivamente.
Já na ponta negativa, Azul (AZUL4) liderou as perdas, caindo 5,70%. Em seguida, vieram EzTec (EZTC3) e MRV (MRVE3), com perdas de 4,21% e 3,91%.
Altas e Baixas do Ibovespa: Petrobras (PETR4) firma queda
]No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) recuaram 0,48% e 0,39%, respectivamente. Prio (PRIO3) desvalorizou 0,74%.
Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) subiu 0,13%. Gerdau (GGBR4) registrou baixa de 0,93%. Usiminas (USIM5) desvalorizou 1,91%.
No setor bancário, Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) operaram com alta de 0,17% e baixa 1,20%, respectivamente. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) seguiram com desvalorização 0,65% e 1,05%, em sequência.
Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) caiu 3,83%. As ações das Lojas Americanas (AMER3) recuaram 0,78%. Casas Bahia (BHIA3) desvalorizou 2,96%.
Índices do exterior fecharam sem direção única
Os principais índices europeus tiveram desempenhos negativos nesta terça-feira (22). O índice DAX, de Frankfurt, desvalorizou 0,17%, enquanto o CAC 40, de Paris, recuou 0,01%. Já o índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 0,18%.
Em Wall Street, os índices S&P 500 caiu 0,05% e Nasdaq subiu 0,18%. Já o Dow Jones recuou 0,02%.