O FMI (Fundo Monetário Internacional) divulgou nesta terça-feira (22) que o Fed (Federal Reserve), Banco Central dos EUA, realizará mais dois cortes nas taxas de juros em 2024 e outros quatro em 2025, justificando o movimento pela queda na inflação do país.
“Por que pensamos assim? Por causa do progresso na inflação. Agora, a preocupação do Fed é garantir que essa última parte do processo não afete negativamente a atividade econômica”, declarou o economista-chefe do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas, segundo informações do “Exame”.
A organização apresentou seu relatório de perspectivas econômicas globais e revisou para cima a projeção de crescimento da economia norte-americana. A previsão para 2024 aumentou em 0,2 ponto percentual, subindo para 2,8%.
Para 2025, a estimativa avançou 0,3 ponto percentual, chegando a 2,2%, ante a previsão de julho.
Gourinchas destacou que a luta contra a inflação está chegando ao fim. Em 2023, a inflação ficou em 4,1%, enquanto a previsão para 2024 é de 3%, e para 2025, de 1,9%.
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De acordo com o Fundo, o “consumo privado e investimento mais fortes na primeira metade do ano devido a um mercado de trabalho apertado, transferências governamentais e problemas menores do que o esperado decorrentes das enchentes” são os fatores que levaram ao aumento das expectativas para a atividade econômica.
Porém, devido à “política monetária ainda restritiva e o esperado esfriamento do mercado de trabalho”, o crescimento deve ser menor em 2025, destacou o FMI. Para o ano que vem, o Fundo prevê agora uma expansão do PIB de 2,2%, ante 2,4% estimados na última atualização do seu relatório.
O relatório do FMI ainda trouxe números para a inflação. Para o Brasil, o Fundo calcula a inflação em uma média de 4,3% e 3,6% respectivamente em 2024 e 2025.
