As ações do Carrefour (CRFB3) estão em alta na manhã desta quarta-feira (23), em uma reação positiva do mercado ao anúncio de adoção de uma estratégia de sale-leaseback pela companhia e à divulgação de dados da prévia operacional.
Próximo ao meio-dia, por volta das 11h50 (horário de Brasília), as ações do Carrefour registraram alta de 2,27%, a R$ 7,22.
Vendas brutas do Carrefour somam quase R$ 30 bi no 3TRI24
O Carrefour Brasil (CRFB3) anunciou que as vendas brutas no terceiro trimestre de 2024 somaram quase R$ 29,5 bilhões, puxadas pelo crescimento nas vendas de sua principal bandeira, o Atacadão.
O crescimento foi de 4,8% em comparação ao mesmo período do ano anterior. A divisão de atacarejo do Carrefour Brasil, representada pela bandeira Atacadão, teve receita bruta de 21,4 bilhões de reais, 8,3% acima do registrado um ano antes, com a adição de 13 novas lojas nessa modalidade nos 12 meses anteriores.
“A dinâmica de volumes foi positiva no trimestre, apesar da desaceleração sequencial no consumo, especialmente de clientes B2B (empresariais), em razão do impacto da deflação mês a mês ocorrida em julho e agosto”, afirmou o varejista no relatório.
As vendas no conceito mesmas lojas no Atacadão, desconsiderando o efeito calendário, cresceram 5,6% em base anual, enquanto na linha de varejo, as vendas nesse mesmo conceito subiram 7,1%, excluindo gasolina.
A unidade brasileira do grupo francês Carrefour encerrou setembro com 1.041 lojas, conforme o relatório. A empresa divulga suas informações trimestrais completas em 31 de outubro.
Carrefour quer vender todas as lojas do Nacional e Bompreço
O grupo Carrefour (CRFB3) quer vender todas as lojas das redes de supermercado Nacional, na região Sul do país, e Bompreço, no Nordeste. Fontes disseram ao Pipeline que a varejista já contatou o Bradesco BBI para assessorá-la nas negociações.
Ao todo, as unidades do Nacional e Bompreço somam R$ 1,5 bilhão em faturamento e 65 lojas, sendo 39 no Rio Grande do Sul, 8 no Paraná e 18 na região Nordeste. Outras 10 unidades da rede nordestina já foram vendidas ao grupo Mateus (GMAT3) em 2022.
A varejista tem se desfeito de imóveis e de pontos comerciais para reduzir a alavancagem e para se concentrar nas principais bandeiras.