Christine Lagarde, a presidente do BCE (Banco Central Europeu), disse nesta quarta-feira (23) haver um “notável” progresso da inflação na zona do euro rumo à meta dos 2% ao ano. Ainda assim, na sua avaliação, as preocupações com a inflação não acabaram e o banco segue cauteloso sobre a flexibilização monetária.
Lagarde participou de reunião com o presidente do Atlantic Council, Frederick Kempe, quando destacou que os movimentos de juros anteriores do BCE não são parâmetro.
Anteriormente o BCE realizou um corte, seguido de uma pausa e então dois cortes consecutivos em sua taxa de juros.
“Seremos movidos pelos dados, então não vou dizer que vivemos um ciclo de afrouxamento, porque nada nos impede de pausar outra vez”, afirmou a dirigente.
Em paralelo a isso, Lagarde pontuou que o avanço da zona do euro para lançar o euro digital no fim de 2025 é um processo que “deve significar um ganho de produtividade” para o bloco econômico.
BCE: presidente descarta recessão e vê ‘pouso suave’ na zona do euro
A presidente do BCE (Banco Central Europeu), Christine Lagarde, declarou nesta quinta-feira (17) que ainda tem expectativa de um ‘pouso suave’ para a economia da zona do euro e que não vê a região caminhando para uma recessão.
Para a dirigente, o consumo das famílias está subindo gradualmente e deve aumentar mais à medida que os juros forem caindo.
“A taxa de poupança ficou em 15,7% no segundo trimestre, bem acima da média de 12,9% de antes da pandemia”, disse Lagarde.
Apesar de estar no início do ciclo de flexibilização, as condições financeiras seguem restritivas na zona do euro, de acordo com ela.
“Mas os juros para as empresas caíram desde o corte de setembro e a demanda por empréstimos para as companhias subiu pela primeira vez em dois anos”, afirmou a dirigente do BCE, segundo o “Valor”.
A executiva também lembrou que os riscos para a inflação estão mais direcionados para baixo do que para cima. No entanto, a geopolítica ainda apresenta alguns riscos que podem elevar a inflação com o aumento de preços do petróleo e do frete, o que pode afetar o crescimento econômico da região.
“Qualquer obstáculo para o comércio vai impactar a economia da zona do euro, que é bastante aberta ao exterior”, comentou Lagarde sobre uma potencial vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA. Uma das promessas do candidato republicano é colocar tarifas elevadas a todas as importações dos EUA.