No 3º trimestre deste ano, a Tesla registrou um lucro de US$ 2,17 bilhões, equivalente a um aumento de 17% em comparação com o mesmo período de 2023. Diluído por ação, o lucro saiu de US$ 0,53 no último ano para US$ 0,62. No critério ajustado, o lucro por ação foi de US$ 0,72.
Apesar da receita total da empresa de Elon Musk ter avançou 8% no trimestre, para US$ 25,18 bilhões, no lado contrário, as receitas da Tesla vieram abaixo do esperado pelo mercado, em US$ 25,47 bilhões.
Por sua vez, o lucro da fabricante de carros elétricos foi além das expectativas dos analistas consultados pela consultoria FactSet, que projetavam lucro por ação de US$ 0,49, ou US$ 0,60 no ajustado.
A companhia afirmou, em carta aos acionistas, que “apesar dos ventos macroeconômicos e da redução em investimentos do mercado em veículos elétricos, continuamos focados em expandir nossa linha de produtos (…),reduzindo custos e fazendo investimentos críticos em projetos de inteligência artificial e capacidade de produção. Acreditamos que esses esforços nos permitirão capitalizar a transição em andamento nos setores de transporte e energia.”
No segmento automotivo, o número de vendas subiu 2%, para US$ 20,2 bilhões. Enquanto isso, a receita do setor de outros serviços avançou 29%, para US$ 2,79 bilhões, e em geração e armazenamento de energia cresceu 52%, para US$ 2,38 bilhões, segundo o “Valor”.
O Ebitda ajustado – lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização – fechou o 3TRI24 com soma de US$ 4,66 bilhões, o que representa uma alta de 24% no ano, enquanto a margem Ebitda ajustada ficou em 18,5%, ante os 16,1% apresentados um ano antes.
No quesito produção total, a Tesla viu seus resultados crescerem 9% entre julho e setembro, na comparação anual, O número representa produção de 469,8 mil veículos, ao passo que as entregas avançaram 6%, para 462,9 mil unidades.
Um recuo apontado pela Tesla em sua demonstração trimestral foi nas despesas operacionais, que caíram 6%, para US$ 2,28 bilhões. Elas foram beneficiadas pela redução nos custos por veículo, diante da queda do preço das matérias-primas e do frete.
Conforme informado pela fabricante, está nos planos para o primeiro semestre de 2025 lançar modelos de veículos elétricos mais acessíveis.
Tesla: novo preço-alvo do JPMorgan sugere risco negativo significativo
O JPMorgan divulgou um alerta sobre a Tesla (TSLA) em uma nota publicada nesta quinta-feira (3), revisando seu preço-alvo e sinalizando um potencial de queda considerável para as ações da empresa.
O banco manteve uma classificação de “underweight” para as ações da Tesla, elevando seu preço-alvo de US$ 115 para US$ 130. As ações da empresa encerraram a sessão de quarta-feira cotadas a US$ 249,02.
“As ações da TSLA caíram -3,5% na quarta-feira em relação ao S&P 500 flat, ostensivamente após a divulgação dos números de vendas e produção, indicando que as entregas globais do 3T rastrearam modestamente menos do que nossa estimativa e em linha com o consenso da Bloomberg, mas, a partir de nossas conversas, podem ter representado mais uma falha em relação às expectativas dos investidores”, disse o JPMorgan.
O banco alertou que a empresa pode enfrentar seu primeiro declínio anual em volumes unitários, o que poderia prejudicar sua avaliação como uma companhia de hipercrescimento. As entregas da Tesla no terceiro trimestre de 2024 totalizaram 464.000 unidades, ficando ligeiramente abaixo da estimativa do JPMorgan, mas alinhando-se com o consenso da Bloomberg.
Contudo, os analistas acreditam que esse desempenho pode não ter atendido às expectativas mais amplas dos investidores.