A Suzano (SUZB3) voltou a apresentar lucro no terceiro trimestre, com um resultado líquido de R$ 3,24 bilhões, superando o prejuízo de R$ 3,766 bilhões registrado no mesmo período do ano anterior.
O lucro foi superior às expectativas de analistas consultados pela LSEG, que previam R$ 2,72 bilhões para o trimestre entre julho e setembro.
“A variação positiva observada em relação ao segundo trimestre foi decorrente principalmente da variação positiva no resultado financeiro, por sua vez explicada pelo impacto positivo da valorização cambial sobre a dívida e operações com derivativos (em contrapartida ao acentuado resultado negativo observado no trimestre anterior), além da elevação da receita líquida”, escreveu a empresa, em seu relatório.
No campo operacional, as vendas de celulose atingiram 2,6 milhões de toneladas, uma alta de 6% em relação ao ano anterior. As vendas de papel também cresceram 9% no mesmo período, somando 360 mil toneladas.
“Esses efeitos foram parcialmente compensados sobretudo pela despesa de IR/CSLL (incidentes principalmente sobre os resultados positivos de variação cambial sobre dívida e marcação dos derivativos), maior CPV e variação negativa na rubrica de outras receitas/despesas operacionais.”
Ebitda da Suzano avança 77%
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Suzano alcançou R$ 6,523 bilhões, marcando um aumento de 77% em relação ao ano passado e 4% acima do trimestre anterior.
A margem Ebitda ajustada também subiu, passando de 41% no terceiro trimestre de 2023 para 53% atualmente. Já a receita líquida totalizou R$ 12,274 bilhões, um avanço de 37% em relação ao ano anterior e de 7% sobre o último trimestre.
Segundo a Suzano, “o cenário mais desafiador no mercado de celulose já observado na China ao final do trimestre anterior se acentuou durante o terceiro trimestre de 2024, impactando negativamente o preço realizado do segmento. O trimestre também foi marcado pela valorização do dólar médio em relação ao real médio e pela elevação no volume vendido, contribuindo para a elevação da receita líquida”, diz a Suzano.
“Além disso, o desempenho operacional seguiu em linha com o planejado, com o custo caixa de produção (sem o efeito das paradas programadas para manutenção) um pouco mais elevado que no trimestre anterior, em parte devido ao efeito câmbio)”, completou.