O presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, declarou nesta segunda-feira (28) que o protecionismo está aumentando ao redor do mundo. A afirmação foi feita durante uma reunião com investidores organizada pelo Deutsche Bank, onde Campos Neto discutiu o cenário econômico global.
Campos Neto destacou que os dados indicam uma elevação nas restrições comerciais de bens globalmente. “Estamos seguindo um caminho de aumento de restrições comerciais”, afirmou, de acordo com o “Valor”.
Campos Neto também expressou preocupação com o crescimento da dívida pública mundial. “Muitos países deveriam estar pensando em ajustar seus resultados primários para lidar com os custos da pandemia, o aumento da e os juros da dívida mais altos para a rolagem, mas isso não está ganhando”.
Ao mencionar os EUA, ele relatou que o cenário atual indica um pouso suave, mas ressaltou a volatilidade recente. “Os próximos dois ou três índices de inflação serão importantes para determinar o ritmo das reduções [nas taxas de juros]”, acrescentou.
Campos Neto ganha pelo 3º ano prêmio de melhor banqueiro central
O atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, foi eleito “presidente de banco central do ano” pela revista LatinFinance na premiação LatinFinance de “Central Bank Governor of the Year”. Ele se tornou o primeiro a conquistar esse reconhecimento por três anos seguidos.
Esta foi a 1ª vez que um presidente de banco central recebe o prêmio da LatinFinance pelo 3º ano seguido.
“Roberto Campos Neto trouxe credibilidade ao Banco Central durante seus cinco anos no leme; a sua abordagem consistente à política monetária, enquanto isso, também ajudou a injetar vitalidade nos mercados financeiros do Brasil”, diz a revista.
A LatinFinance destacou, em uma publicação nas redes sociais, que o prêmio foi concedido a Campos Neto em reconhecimento à sua gestão.
De acordo com a postagem, o chefe da autarquia se destaca pelo gerenciamento “do processo de desinflação do país, que manteve o crescimento econômico acima das expectativas do mercado”. O texto ainda sinaliza boas expectativas para o futuro: “a inflação ainda representa um desafio — mas ele tem um plano para isso”.