A Azul (AZUL4) anunciou na segunda-feira (28) um acordo com seus credores para a captação de US$ 500 milhões. A operação foi bem recebida pelo mercado financeiro, fazendo com que as ações da aérea contribuíssem para uma alta no Ibovespa. Seguindo essa linha positiva, o BTG Pactual (BPAC11) afirmou que o movimento representa “um grande alívio” para a empresa.
Na avaliação dos especialistas do BTG, o acordo melhora a liquidez imediata da Azul (AZUL4) e consolida entendimentos anteriores com arrendadores e fabricantes de equipamentos originais, reduzindo a necessidade de diluição do capital por meio de instrumentos de dívida conversíveis.
Em seu relatório, o BTG destacou que, em um acordo anterior, a Azul e os arrendadores concordaram em eliminar a obrigação de emissões de ações no valor de R$ 3,1 bilhões em troca de até 100 milhões de novas ações preferenciais.
Segundo a Azul, esse acordo foi aceito por 98% dos arrendadores, restando apenas um arrendador pendente.
Com isso, a conversão será realizada ao preço de R$ 31,00 por ação, implicando uma diluição de 22% no capital da empresa, contra a diluição de 62% prevista no acordo anterior, conforme apontou o “Suno”.
Fusão de Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4) pode manter bandeiras separadas
Segundo a coluna Capital, do jornal O Globo, a fusão das companhias aéreas Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4) pode resultar na manutenção das marcas separadas, permitindo que cada uma opere de maneira independente.
Nesse arranjo, a Azul integraria a Abra, a holding formada pela colombiana Avianca e pela Gol, e ganharia um assento no conselho da empresa, conforme relatado pela publicação. Essa estrutura permitiria a preservação das culturas operacionais distintas de cada companhia.
A previsão é de que o anúncio da fusão ocorra ainda este ano, mesmo que em uma versão preliminar. Assim, todos os processos regulatórios e de aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) seriam adiados para o próximo ano.