O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reafirmou, nesta terça-feira (29), que será candidato à Presidência da República nas eleições de 2026.
Quando a outras possibilidades de nomes da direita para concorrer às eleições, como Tarcísio de Freitas (Republicanos) ou Ronaldo Caiado (União Brasil), o ex-presidente rejeitou. “O candidato para 2026 é Jair Bolsonaro”, afirmou o ex-presidente em visita ao ao gabinete da oposição no Senado Federal.
Bolsonaro classificou como “utopia” a possibilidade de que o resultado das eleições municipais poderia indicar um caminho para candidatos de direita que não contassem com seu apoio.
“Já tentaram várias vezes [lançar candidatura sem meu apoio], mas não conseguiram. Juntas, quantas pessoas no aeroporto e batem papo? Não sabem a linguagem do povo. É uma utopia. Todos que tentaram virar líder através de likes e lacração não chegaram a lugar nenhum”, disse o ex-presidente, segundo o “InfoMoney”.
Para o ex-presidente, sua inelegibilidade é um caso não consumado, já que ele ainda pode recorrer. Bolsonaro reclamou, ainda, que outras pessoas possam ser candidatas sem nenhum problema e ele, não.
“O mentor de tudo o que há de errado no Brasil, não só no tocante à corrupção, é o Zé Dirceu, e ele está elegível, pode ser candidato”, afirmou o ex-presidente.
O tópico sobre sua possível anistia não foi o único tema comentado por Jair Bolsonaro, ele também disse que sua esposa, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, deve ser candidata ao Senado pelo Distrito Federal em 2026.
Mesmo com essa disposição, Michelle “não é muito afeita à política”, mas palavras dele.
“Ela não é muito afeita à política. Ela pretende, sim, disputar o Senado pelo Distrito Federal. No momento, essa é a nossa intenção. Acredito que ela tenha muita chance”, afirmou.
Presidente do PL pretende discutir anistia de Bolsonaro com Lira
Valdemar da Costa Neto, o presidente nacional do PL, afirmou que seguirá trabalhando pela anistia do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na intenção de que o político se lance na disputa à Presidência da República em 2026.
“O que eu vou pedir para o Arthur [Lira, presidente da Câmara dos Deputados] hoje? Para ele tocar o processo da anistia que está na CCJ [Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania]”, afirmou Valdemar, em entrevista à GloboNews, nesta segunda-feira (28).
Bolsonaro segue sendo o maior cabo eleitoral da direita no Brasil, segundo o ex-deputado, e Lira deve tentar “falar logo” com o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.
“Se ele não conseguir, eu até tive uma ideia hoje: Arthur, conversa com o Supremo. Vê se não dá para baixar a pena desse pessoal de 17 anos, que é tudo gente que estava com pedaço de pau, não era assaltante”, prosseguiu o presidente do PL.
Costa Neto se referia aos manifestantes que invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro de 2023. “Pena de 17 anos é muito e tem muita gente presa ainda”, disse.
O presidente do partido de Bolsonaro também defendeu ser necessário “habilidade” para que o PL se aproxime de outros partidos, expandindo, assim, suas alianças para além da direita devido à postura errática de Bolsonaro.
“Há gente no PSB que defende nossas pautas. Muita gente do PT no Nordeste defende nossas pautas”, afirmou.