Reduzir conta de luz

Aneel aponta ‘erro grosseiro’ em proposta do governo

O ministro Alexandre Silveira, tem realizado diversos ataques à Aneel, sob o argumento de que ela não agiu no ritmo esperado

Foto: Agência Brasil
Foto: Agência Brasil

O diretor da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), Fernando Mosna, expôs nesta terça-feira (29) o que chamou de “erro grosseiro” do Ministério de Minas e Energia ao projetar o impacto tarifário da quitação antecipada dos empréstimos tomados pelo setor e desembolsados pelos consumidores, via tarifa, às Contas Covid e Escassez Hídrica.

A postura do diretor vem após o governo direcionar duras críticas à agência nas últimas semanas. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem realizado diversos ataques à Aneel, sob o argumento de que a agência não agiu no ritmo esperado pelo governo, principalmente em relação ao apagão recente na Grande São Paulo.

A Aneel tem rebatido o ministro, afirmando que age de forma técnica em todas as medidas necessárias e que a atuação das agências reguladoras deve ser marcada pela “ausência de tutela ou de subordinação hierárquica”.

A operação financeira que antecipa a amortização dos empréstimos envolve a securitização de recursos oriundos da privatização da Eletrobras (ELET3). Isso foi autorizado através da medida provisória (MP 1.212/24), enviada ao Congresso Nacional.

Os dois financiamentos, de acordo com o “Valor”, foram realizados pelo setor para vencer dificuldades durante a pandemia da Covid-19 e a crise hídrica de 2021.

Aneel intima Enel SP e abre processo que pode extinguir concessão

Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) intimou a distribuidora de energia Enel São Paulo, dando início a um processo que pode levar à caducidade da concessão — ou seja, à extinção do contrato de concessão.

Através de comunicado, a autarquia explicou que a intimação aconteceu devido ao fato de a Enel ter descumprido o plano de contingência apresentado aos órgãos reguladores para lidar com eventos climáticos extremos, a exemplo do temporal ocorrido neste mês.

A tempestade gerou um apagão a 3,1 milhões de clientes na região metropolitana de São Paulo, com os trabalhos para recomposição completa dos serviços tendo demorado cinco dias.