A nova pesquisa eleitoral do New York Times e Siena College mostra que Kamala Harris e Donald Trump estão empatados tecnicamente nos chamados estados-pêndulo. As eleições dos EUA acontece na terça-feira (5).
De acordo com o levantameto, Harris tem força em estados como Carolina do Norte e Geórgia, enquanto Trump recupera terreno na Pensilvânia, um estado crucial que agora aparece tecnicamente empatado.
Harris lidera de forma apertada em Nevada, Carolina do Norte e Wisconsin, enquanto Trump mantém vantagem no Arizona.
Estados como Michigan, Geórgia e Pensilvânia estão extremamente disputados, e em todos os sete estados pesquisados a diferença entre os candidatos está dentro da margem de erro, tornando o cenário altamente imprevisível.
Um dado que destaca a incerteza do cenário das eleições é o comportamento dos eleitores indecisos. Entre os 8% que decidiram o voto recentemente, Harris possui uma vantagem de 55% a 44%. Entretanto, ainda existem 11% de eleitores que permanecem indecisos ou persuadíveis, mesmo com a eleição tão próxima.
Até o momento, mais de 70 milhões de eleitores já votaram antecipadamente, segundo o University of Florida Election Lab.
Dos eleitores que já depositaram seus votos, Harris lidera com uma margem de oito pontos percentuais. Por outro lado, Trump apresenta uma leve vantagem entre aqueles que afirmam estar altamente propensos a votar, mas que ainda não compareceram às urnas.
Brasil pode ver dólar forte com Trump e maior fluxo com Kamala, diz XP
Em um cenário de vitória do republicano Donald Trump nas eleições norte-americanas, a XP espera que o dólar se fortaleça globalmente, incluindo no Brasil, com impacto inflacionário nos EUA e pressão sobre o câmbio e os juros no país.
Por outro lado, um eventual governo da democrata Kamala Harris, com aperto regulatório e política fiscal expansionista, poderia enfraquecer a divisa norte-americana, gerando “potencial de fluxos saindo dos EUA e migrando para ações globais e mercados emergentes”, segundo analistas da XP, conforme reportado pelo “Valor”.
Com Trump, a XP acredita que o Brasil pode se beneficiar de uma possível elevação na demanda por commodities em meio a tensões entre EUA e China. No entanto, uma tarifa global de 10% sobre importações poderia impactar negativamente as exportações de petróleo bruto, café e aço semiacabado do Brasil para os EUA. Em contraste, uma tarifa de 60% sobre importações chinesas teria impacto limitado para produtores de aço e mineradores brasileiros.
A XP também prevê maior volatilidade com Trump, devido a novas tarifas e sanções, além de uma possível queda no preço do petróleo. Esse cenário, segundo a casa, traria um dólar mais forte e uma inflação mais elevada nos EUA.