Alfredo Setubal, diretor-presidente da Itaúsa (ITSA4), afirmou que vê com otimismo a possibilidade de uma oferta pública inicial (IPO) para a Aegea, empresa de saneamento na qual a Itaúsa detém 13% do capital total. Os demais acionistas incluem o fundo soberano de Cingapura (GIC), com 34%, e a holding Equipav, dos controladores, com 53%.
“Gostamos do modelo de empresa aberta, que prioriza boa governança e transparência. A Aegea caminha para se tornar uma companhia aberta, e daremos todo o apoio, mas a decisão final cabe aos controladores”, disse Setubal ao jornal Valor.
O executivo destacou que o setor de saneamento exige altos investimentos, o que eleva o nível de endividamento das empresas. “O custo da dívida aumenta, e a capitalização via IPO é uma alternativa atraente”, comentou.
Com a taxa de juros elevada, Setubal afirmou que a Itaúsa está focada em expandir sua participação em empresas que já compõem seu portfólio. “Se houver oportunidade de aumentar investimentos em companhias nas quais já estamos presentes, sem dúvida, avaliaremos. Isso, sim, está no radar”, finalizou.
Itaúsa (ITSA4) vai bonificar acionistas em 5 ações para cada 100
A Itaúsa (ITSA4) aprovou bonificação para cada acionista em cinco novas ações para cada 100 papeis detidos, como informou a holding em fato relevante. O aumento de capital é de R$ 7 bilhões.
A companhia teve um crescimento de 13,4% no lucro líquido do terceiro semestre, na comparação anual, com lucro líquido recorrente de R$ 3,9 bilhões. Isto pode ser justificado pelo resultado crescente em todas as empresas do portfólio e melhores resultados financeiros, afirmou a holding.
“O resultado recorrente proveniente das empresas investidas, refletido na Itaúsa no período, foi de 4,1 bilhões de reais, aumento de 16% sobre o mesmo período do ano anterior, principalmente pelos resultados sólidos do Itaú Unibanco, além dos resultados crescentes apresentados pelas empresas do setor não financeiro”, disse o fato relevante.