Carlos Fávaro, ministro da Agricultura, afirmou nesta terça-feira (12) que a pasta não estará na lista do pacote fiscal para corte de gastos do governo federal.
A equipe econômica tem trabalhado na proposta há algumas semanas, e até então ao menos 6 ministérios com as maiores partes do orçamento federal estariam inclusos no pacote fiscal.
Apesar da consciência no governo quanto à necessidade de responsabilidade fiscal, para Fávaro é preciso ter cautela com as incertezas externas que ocasionam pressões na economia no País.
“O Brasil vive um momento muito bom, crescimento econômico, desemprego mais baixo dos últimos dez anos, mas há uma incerteza mundial, guerras, instabilidades causadas por posicionamentos políticos como a própria eleição nos EUA, fazem com que a economia internacional fique um pouco nas incertezas, por isso a disparada do câmbio e o Brasil precisa ter responsabilidade”, frisou, segundo a “CNN Brasil”.
O ministro se reuniu com entidades do agronegócio para apresentar os números das ações de apoio do Mapa ao longo do último ano e definir as prioridades para 2025.
Governo: reunião sobre pacote fiscal termina sem anúncios
A equipe econômica e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniram nesta sexta-feira (8) com outras autoridades do governo para discutir sobre um pacote fiscal. Porém, o encontro terminou sem anúncios ou entrevistas, informou o Palácio do Planalto.
A expectativa era alta em torno do anúncio desse pacote fiscal, por conta dessa ausência, a Bolsa brasileira fechou com forte queda, influenciada também por outros fatores.
No começo da semana, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, havia afirmado que a maior parte dos membros do governo que participam das discussões haviam convergido sobre a necessidade do conjunto de medidas.
No entanto, haviam mais detalhes para serem fechados, antes de o pacote ser apresentado aos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
O mercado tem feito cálculos sobre o valor necessário desse pacote fiscal para que o governo consiga cumprir a meta fiscal deste e dos próximos anos. Para o Itaú (ITUB4), seria preciso um pacote fiscal na casa dos R$ 60 bilhões.