Resultados do terceiro trimestre

CSN (CSNA3) tem prejuízo de R$ 751 milhões, queda de 237,3%

No mesmo período de 2023, a companhia lucrou R$ 91 milhões

CSN
CSN / Foto: Divulgação

A CSN (CSNA3) teve um prejuízo de R$ 751 milhões no terceiro trimestre, o que representa uma queda de desempenho de 237,3% em relação ao segundo trimestre deste ano. Entre julho e setembro de 2023, a companhia lucrou R$ 91 milhões.

De acordo com a companhia, a queda pode ser justificada por um menor resultado operacional e aumento das despesas. Além disso, a queda no preço do minério de ferro causou uma baixa no Ebitda ajustado de 18,9% ano a ano, com R$ 2,284 bilhões.

Essa perda nos preços do ferro limitou os resultados de “um trimestre bastante forte em termos comerciais, com recordes de vendas na mineração e em cimentos, fora o crescimento de 9% nas vendas domésticas da siderurgia”, segundo a empresa.

A receita líquida da CSN foi de R$ 11,067 bilhões, 0,5% menor se comparado ao terceiro trimestre de 2023. Isto ocorre por uma melhora no setor de siderurgia, com “sólida atividade comercial no período”.

“O problema foi a parte em que a companhia não controla, que são os preços internacionais, principalmente na mineração com uma série de incertezas em relação à demanda chinesa pelo produto. Por outro lado, a sólida performance comercial apresentada no período mostra que a CSN está bem posicionada para seguir com resultados sólidos daqui para a frente. Ainda mais quando se observa mais um trimestre de recuperação no segmento de siderurgia, que a despeito de permanecer com margens bastante comprimidas, já apresenta consistentes sinais de melhora”, afirmou a empresa.

CSN (CSNA3): venda de fatia na CSN Mineração ajudará com alavancagem

Na avaliação da Fitch, agência de classificação de risco norte-americana, a venda de uma participação de 11% na CSN Mineração (CMIN3) por cerca de R$ 4,4 bilhões à Itochu Corporation ajudará a Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3) a reduzir sua alavancagem em um momento de dificuldades operacionais.

No relatório, assinado pelos analistas Hector Collantes e Debora Jalles, a Fitch vê que a operação não afeta as notas de crédito da CSN, mas viria em bom tempo considerando um momento de baixa geração de caixa pelo cenário desafiador do aço.

A partir da entrada dos recursos, a CSN conseguiria reduzir a alavancagem de 3,3 vezes esperado para o fim de 2024 para 2,9 vezes. 

No entanto, ainda assim, a meta de longo prazo para o indicador da empresa – em 2,5 vezes – ainda ficaria longe e seria alcançada só nos próximos três anos, de acordo com o “InfoMoney”.

A Fitch afirmou que a empresa que nota de crédito “BB” avaliada para a CSN pode ser  elevada caso sua alavancagem fique abaixo de 2,5 vezes de maneira consistente. No cenário contrário, caso fique acima de 3,5 vezes, a nota será rebaixada.