CVC (CVCB3) reverte prejuízo e lucra R$ 14,4 mi; primeira vez em 20 trimestres

O resultado foi influenciado por ajustes não recorrentes relacionados principalmente aos impactos da pandemia de Covid-19

CVC (CVCB3): ações despencam após saída de CEO
Foto: Divulgação

A CVC (CVCB3) divulgou seus resultados do terceiro trimestre de 2024 na noite de terça-feira (12), registrando um lucro líquido de R$ 14,4 milhões, revertendo um prejuízo líquido de R$ 87,5 milhões do mesmo período de 2023. Segundo a companhia, este foi o primeiro lucro contábil após 20 trimestres.

O resultado da CVC foi influenciado por ajustes não recorrentes relacionados principalmente aos impactos da pandemia de Covid-19, incluindo comissões não recuperadas, multas e baixas de receitas não realizadas.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 115,8 milhões, um aumento de 487,31% em relação ao ano anterior. Com ajustes, o Ebitda ficou em R$ 124,7 milhões, uma alta de 29,1% na mesma base comparativa.

No período, a companhia apresentou um resultado financeiro negativo de R$ 42,8 milhões, uma redução de 28,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.

CVC (CVCBR3): ações sobem com alongamento de dívidas no radar

As ações da CVC (CVCBR3) operam em alta na manhã de quinta-feira (12), após notícia de que a empresa concluiu o acordo para o alongamento de dívidas. Por volta das 11h (horário de Brasília), os papéis avançavam 2,68%, cotados a R$ 1,92.

O acordo foi firmado com os representantes que detêm mais de 75% das debêntures da quarta emissão em circulação e com a totalidade dos detentores das debêntures da quinta emissão, conforme informações fornecidas pela empresa.

“O reperfilamento tem o potencial de otimizar a estrutura de capital e a gestão do caixa da companhia, representando um importante passo no fortalecimento operacional e financeiro da CVC Corp”, disse a companhia.

O acordo estabelece uma amortização extraordinária obrigatória de cerca de R$ 160 milhões, que será dividida proporcionalmente entre as duas emissões. Esta medida resultará em uma redução imediata da dívida bruta da empresa.

O novo acordo também estipula a extensão do prazo para quatro anos, até outubro de 2028. A amortização do principal será feita em cinco parcelas semestrais, iguais e consecutivas, começando em outubro de 2026.