Uma série de acordos bilaterais e memorandos de entendimento devem ser anunciados pelo Brasil e pela China nas áreas de agricultura, comércio, investimentos, infraestrutura, indústria, finanças e ciência e tecnologia na próxima semana.
Durante a visita do presidente Xi Jinping, ao Brasil no dia 20 de novembro, serão anunciados os acordos. O chefe de Estado chinês será recebido pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília.
“Há sinergias entre as políticas de desenvolvimento e programas de investimentos de Brasil e China com foco em finanças, infraestrutura, desenvolvimentos de cadeias produtivas, transformação ecológica e tecnologia que poderiam beneficiar os programas Novo PAC, Nova Indústria Brasil, plano de transição ecológica e rotas de integração sul-americana”, disse Eduardo Paes Saboia, secretário de Ásia e Pacífico do Ministério de Relações Exteriores.
No entanto, durante conversa com a imprensa, ele não detalhou sobre a aderência ou não do Brasil à iniciativa chinesa conhecida como “Nova Rota da Seda”.
Quanto à declaração conjunta entre o Brasil e a China, aprovada no ano passado, Saboia afirmou se tratar de “aprofundar sinergias” e que não daria “spoilers” em torno do tema.
“O foco é sinergia, é somar, é energizar para criar resultados que beneficiem os nossos países”, disse o secretário, de acordo com a “CNN Brasil”.
Alguns protocolos para a exportação de mais produtos agrícolas brasileiros à China estão sendo negociados para a visita de Xi Jinping. Além disso, os investimentos também são uma linha a ser tratada.
A pretensão do governo brasileiro é ver uma presença “ainda mais robusta” de investimentos chineses no País, sobretudo na infraestrutura e na capacidade produtiva industrial, disse Saboia.
Dívida bruta do Brasil recua para 78,3% do PIB em setembro
A dívida bruta do Brasil registrou queda e ficou abaixo do esperado em setembro, em 78,3% do PIB, 78,5% no mês anterior. Já a dívida líquida foi a 62,4%, de 62,0%. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (11) pelo BC.
As expectativas em pesquisa da Reuters eram de 78,8% para a dívida bruta e de 62,3% para a líquida.
A queda na dívida bruta decorreu principalmente da evolução dos juros nominais apropriados (+0,6 ponto percentual), do resgate líquido de dívida (-0,2 p.p.), da valorização cambial (-0,2 p.p.) e da variação do PIB nominal (-0,5 p.p.).
Já o resultado da dívida líquida refletiu os impactos da valorização cambial de 3,7% no mês (+0,5 p.p.), dos juros nominais apropriados (+0,4 p.p.), da variação do PIB nominal (-0,4 p.p.), e dos demais ajustes da dívida externa líquida (-0,2 p.p.).
Em setembro, o setor público consolidado registrou um déficit primário de R$ 7,340 bilhões, menos do que a expectativa de economistas consultados em pesquisa da Reuters de um saldo negativo de R$ 8,0 bilhões.
O desempenho mostra que o governo central teve déficit de R$ 3,974 bilhões, enquanto Estados e municípios registraram saldo negativo primário de R$ 3,173 bilhões e as estatais tiveram déficit de R$ 192 milhões, mostraram os dados do BC.