Boa Safra lucra R$ 54,0 mi no 3TRI24, queda anual de 53,2%

Além disso, a Boa Safra reportou também ter tido uma receita líquida de R$ 727,3 milhões no terceiro trimestre de 2024

Uma das últimas empresas a reportar seu balanço trimestral, a Boa Safra Sementes informou na quarta-feira (13) que obteve um lucro líquido de R$ 54,0 milhões no terceiro trimestre de 2024 (3TRI24). 

O número representa uma queda de 53,2% na comparação com o mesmo intervalo de 2023, quando reportou lucro líquido de R$ 115,6 milhões, segundo o “Valor”.

Além disso, a Boa Safra também reportou que teve uma receita líquida de R$ 727,3 milhões no terceiro trimestre de 2024, outra queda na base de comparação anual, desta vez na casa dos 26,3%. 

No terceiro trimestre de 2023 a receita líquida da empresa foi de R$ 987,4 milhões.

Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no período fiscal do Boa Safra foi de R$ 78,6 milhões, em queda de 40,1% em relação ao Ebitda de R$ 131,5 milhões do mesmo trimestre do ano anterior.

Boa Safra (SOJA3) reverte prejuízo em 63% no 1TRI24

A Boa Safra Sementes (SOJA3) reduziu o seu prejuízo no primeiro trimestre de 2024, encerrando o período com perdas de R$ 5 milhões.

Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou negativo em R$ 29 milhões no primeiro trimestre, melhorando em 9,4% quando comparado ao mesmo período de 2023.

As vendas da líder de soja, no entanto, recuaram, devido ao atraso dos produtores na compra de insumos. A receita da empresa encolheu 40,4% no primeiro trimestre, para R$ 69 milhões. 

Felipe Marques, diretor financeiro e de relações com investidores da Boa Safra, disse que o atraso na compra de insumos está mais intenso que no ano passado.

Segundo o executivo, o grande número da companhia no primeiro trimestre foi o crescimento da carteira de pedidos. No período, a Boa Safra registrou um crescimento de 33% de sua carteira, que chegou a R$ 1,28 bilhão.

Ainda que os preços unitários da semente tenham acompanhado a tendência dos insumos agrícolas e caído, Marques lembra que a Boa Safra tem repetido no início deste ano a lógica de 2023: apostar em produtos com maior valor agregado.

A receita com a comercialização das chamadas “outras” – trigo, milho, forrageiras, sorgo e feijão – chegou a R$ 29 milhões, apenas no primeiro trimestre. Em todo o ano passado, a categoria registrou vendas de R$ 18 milhões.