G20

Brasil: otimização de fundos climáticos é principal avanço

Os representantes das delegações estão reunidos desde o início desta semana para desenvolver o texto da declaração final dos líderes

G20/ Foto: Divulgação
G20/ Foto: Divulgação

A otimização de fundos climáticos globais é considerada a principal conquista da presidência do Brasil no G20, no campo da sustentabilidade, de acordo com diplomatas envolvidos nas negociações finais para a cúpula de chefes de Estado do grupo, que começa na próxima segunda-feira (18), não, Rio de Janeiro.

Os representantes das delegações estão reunidos desde o início desta semana para desenvolver o texto da declaração final dos líderes, discutindo pontos críticos e redigindo compromissos conjuntos.

O Brasil definiu três prioridades para sua presidência no G20: combate à fome e à desigualdade, reforma da governança global e sustentabilidade. Entre as iniciativas esperadas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deverá anunciar a criação de uma Aliança Global contra a Fome. Na área de reformas, o país comemora a inclusão das instituições financeiras internacionais no conjunto de organismos a serem modernizados.

“O que conseguimos foi colocar as equipes de finanças e bancos centrais dos países em diálogo direto com as equipes responsáveis ​​pelo meio ambiente e mudanças climáticas. Com isso, avançamos na área de financiamento climático, graças a essa necessária cooperação entre esses dois setores, que antes atuavam de forma isolada”, disse um dos negociadores brasileiros. As informações são do jornal Valor Econômico.

Campos Neto: Brasil não deve ser tão afetado por políticas de Trump

O presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, afirmou que a vitória de Donald Trump nas eleições dos EUA não deve impactar o Brasil de forma tão significativa quanto outros mercados emergentes, como China e México.

Segundo Campos Neto, ainda que a valorização do dólar possa afetar algumas regiões, o Brasil deve sofrer menos com esses efeitos.

“Temos o problema [das tarifas comerciais] na China e no México, mas o Brasil está muito distante disso. Obviamente, um dólar mais forte vai afetar os mercados emergentes, mas minha visão é de que o Brasil seria menos afetado”, comentou Campos Neto em participação por videoconferência no evento promovido pelo Valor Capital Group, conforme publicado pelo “Valor Econômico”.

A combinação possível entre a política tarifária de Trump, a redução de trabalhadores imigrantes nos EUA e a expansão fiscal por meio do corte de impostos aponta para um cenário inflacionário, segundo a avaliação de Campos Neto.