O envio do pacote fiscal ao Congresso Nacional não será adiado após o atentado na Praça dos Três Poderes ocorrido na quarta-feira (13) à noite, disseram fontes da equipe econômica, segundo apuração da “CNN Brasil”.
Os autores da proposta avaliam que, mesmo com o momento delicado pelo fato ocorrido, a semana já estava comprometida por outros assuntos, disseram fontes, segundo o veículo.
O atentado em questão ocorreu quando um homem se matou em frente ao STF (Supremo Tribunal Federal) após atirar explosivos na sede do Judiciário, por volta das 19h30 (horário de Brasília) de quarta-feira. Ele também explodiu um carro próximo ao Anexo IV, da Câmara dos Deputados.
Francisco Wanderley Luiz, também conhecido como Tiü França, foi candidato a vereador pelo Partido Liberal (PL) em Santa Catarina, em 2020, porém, não conseguiu se eleger.
Apesar do temor que levou à suspensão dos trabalhos na Câmara dos Deputados e no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (14) até 12h, a equipe econômica seguiu trabalhando na proposta do pacote fiscal.
Os integrantes já estavam considerando a semana mais curta, por conta do feriado da Proclamação da República, em 15 de novembro, e do encontro dos líderes mundiais do G20, que ocorre no Rio de Janeiro.
Fazenda propõe pacote fiscal de R$ 70 bilhões ao Congresso
O Ministério da Fazenda apresentou ao Congresso um pacote fiscal para a redução de gastos de R$ 70 bilhões para os próximos dois anos, com R$ 30 bilhões previstos para 2025 e o restante para 2026.
Segundo apurou a Veja, o ministro Fernando Haddad já compartilhou esses números com os presidentes da Câmara e do Senado.
O Ministério da Defesa também será incluído no pacote fiscal, mas apenas a partir de 2026, uma vez que mudanças significativas no orçamento das Forças Armadas precisarão ser discutidas por meio de uma PEC, o que demanda mais tempo para aprovação.
Para 2025, o governo destinou R$ 133,6 bilhões ao Ministério da Defesa, excluindo as pensões dos militares, que estão orçadas no Ministério da Previdência.