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Bets: 46% dos inadimplentes fizeram ao menos uma aposta na vida

Os dados são da pesquisa “Bets e inadimplentes: A relação dos inadimplentes com apostas no Brasil”, realizada pela Serasa em parceria com o instituto Opinion NBox

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Bets / Foto: Agência Brasil

A pesquisa “Bets e inadimplentes: A relação dos inadimplentes com apostas no Brasil”, realizada pela Serasa em parceria com o instituto Opinion NBox, revelou que 46% dos inadimplentes já realizaram ao menos uma aposta ao longo da vida. Entre eles, 44% afirmaram que apostaram com o objetivo de desistir de dívidas.

O levantamento reuniu 4.463 consumidores com mais de 18 anos, residentes de todas as regiões do Brasil, presentes na base cadastral da Serasa. A coleta dos dados foi realizada entre os dias 12 e 18 de outubro.

“Quase metade dos inadimplentes apostam na esperança de poder quitar suas dívidas, e é justamente o caminho contrário que deveria ser feito”, avaliou Thiago Ramos, especialista em educação financeira da Serasa, em entrevista ao InfoMoney .

“Em vez de organizar as finanças para buscar um bom acordo de renegociação que não comprometa o orçamento mensal, 44% dos entrevistados revelaram apostar na esperança de saldar suas dívidas”, completou Ramos.

O estudo também aponta que 13% dos inadimplentes já deixaram de pagar contas para realizar apostas, uma situação que, segundo o especialista, representa um cenário “realmente delicado”, comprometendo ainda mais o orçamento dos consumidores.

Bets: apostas em 2025 serão nos M&As, garantem especialistas

Times de futebol, eventos e influenciadores digitais. Estes são alguns dos segmentos que contam com a injeção vultuosa de dinheiro das empresas de apostas online, chamadas Bets. Essa, no entanto, é apenas uma parte do projeto de crescimento desse mercado: nos bastidores, as M&As movimentam e fortalecem o setor.

Os acordos entre as bets começaram ainda em 2023, com a regulamentação das empresas no Brasil. Especialistas consultados pela BP Money garantem que as negociações deverão ser concretizadas no ano que vem, assim que as licenças para operação forem concedidas.

Segundo Caren Benevento, advogada e sócia do escritório Benevento Schuch, a exigência de capital social nacional mínimo de 20% para atuar no Brasil é uma das medidas que incentiva as fusões e aquisições.