A Petrobras (PETR4) informou que realizará hoje o pagamento da primeira parcela dos proventos aprovados por seu Conselho de Administração em reunião realizada no início de agosto.
O valor bruto a ser distribuído hoje corresponde a R$ 0,52660009 por ação ordinária e preferencial, sendo R$ 0,11384838 sob a forma de dividendos e R$ 0,41275171 sob a forma de JCP (juros sobre capital próprio).
Petrobras (PETR4): Plano Estratégico anima e dividendos são destaque
Investidores aguardavam ansiosos a divulgação do Plano Estratégico 2025/29 da Petrobras (PETR3;PETR4), levando os papéis da companhia a subirem diante das expectativas positivas de investimentos e pagamentos.
O destaque ficou por conta dos dividendos: a Petrobras informou o pagamento de US$ 45 bilhões (R$ 258 bilhões na conversão atual) em dividendos ordinários e pagamentos extraordinários de US$ 10 bilhões (R$ 57 bilhões na conversão atual) ao longo do período.
“Os dividendos foram o principal ponto positivo. No plano anterior, o dividendo ordinário ficava numa faixa de US$ 37 a US$ 45 bilhões, agora, o ponto mínimo aumentou e foi pra US$ 45 bilhões. O mercado esperava dividendos extraordinários na ordem US$ 4 a US$ 6 bilhões, veio US$ 10 bilhões, o que o deixou animado”, destacou Bruno Corano, Economista da Corano Capital.
Carlos Braga Monteiro, CEO do Grupo Studio, destacou ainda os principais fatores que podem favorecer ou ameaçar o pagamento de dividendos da Petrobras nos próximos 12 meses.
“Entre os fatores favoráveis, estão a forte geração de caixa, que alcançou R$ 62,7 bilhões – um dos seis maiores trimestres da história da companhia –, e o endividamento sob controle, com dívida líquida reduzida para US$ 44,3 bilhões. Além disso, o aumento nas vendas de derivados ajudou a compensar a queda no preço do Brent, contribuindo para um Ebtida ajustado de R$ 64,4 bilhões, o que reforça a política de dividendos da empresa”, pontuou Carlos.
No entanto, alguns riscos foram apontados, incluindo a volatilidade do preço do Petróleo Brent, que pode impactar as margens caso novas quedas ocorram.
“Investimentos crescentes em expansão, com CAPEX de US$ 10,9 bilhões até o momento, também podem limitar a distribuição de dividendos, assim como a exposição da Petrobras a oscilações cambiais, que afetam o custo de sua dívida e sua margem de lucro”, ressaltou Carlos.