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Petrobras (PETR4): petróleo e gás continuarão a ser foco entre 2025 e 2029, diz CEO

A executiva destacou que o planejamento está “em sintonia” com as métricas previstas pelo Acordo de Paris

Magda Chambriard, presidente da Petrobras
Magda Chambriard, presidente da Petrobras / Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O petróleo e o gás natural seguirão sendo o foco da Petrobras (PETR4) nos próximos cinco anos. A afirmação foi feita nesta sexta-feira (22) pela presidente da estatal, Magda Chambriard.

A CEO concedeu entrevista coletiva para apresentar o plano estratégico 2025-2029, na sede da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro). Durante sua fala, a executiva destacou que o planejamento está “em sintonia” com as métricas previstas pelo Acordo de Paris, que prevê limitar a elevação da temperatura do planeta a 1,5 ºC em relação ao período pré-industrial.

A companhia tem sido questionada sobre a lucratividade dos projetos de transição energética. Segundo Magda, os projetos da Petrobras irão “construir valor com rentabilidade”, mantendo o foco em petróleo e gás natural.

Para os próximos cinco anos, a estatal projeta investimentos da ordem de US$ 111 bilhões, dos quais US$ 77,3 bilhões serão destinados a projetos de exploração e produção.

Petrobras (PETR4): Plano Estratégico anima e dividendos são destaque

Investidores aguardavam ansiosos a divulgação do Plano Estratégico 2025/29 da Petrobras (PETR3;PETR4), levando os papéis da companhia a subirem diante das expectativas positivas de investimentos e pagamentos.

O destaque ficou por conta dos dividendos: a Petrobras informou o pagamento de US$ 45 bilhões (R$ 258 bilhões na conversão atual) em dividendos ordinários e pagamentos extraordinários de US$ 10 bilhões (R$ 57 bilhões na conversão atual) ao longo do período.

“Os dividendos foram o principal ponto positivo. No plano anterior, o dividendo ordinário ficava numa faixa de US$ 37 a US$ 45 bilhões, agora, o ponto mínimo aumentou e foi pra US$ 45 bilhões. O mercado esperava dividendos extraordinários na ordem US$ 4 a US$ 6 bilhões, veio US$ 10 bilhões, o que o deixou animado”, destacou Bruno Corano, Economista da Corano Capital.

Carlos Braga Monteiro, CEO do Grupo Studio, destacou ainda os principais fatores que podem favorecer ou ameaçar o pagamento de dividendos da Petrobras nos próximos 12 meses.