Pré-mercado

Café com BPM: bolsas sobem na expectativa de dados de inflação

A semana tem como destaque dados de inflação, com a divulgação do PCE de outubro, a medida de inflação preferida do Fed, e a ata do FOMC

Café com BPM
Foto: Freepik

Os índices futuros dos EUA operam em alta nesta segunda-feira (22), com os investidores no aguardo de dados de inflação. A semana tem como destaque a divulgação do PCE (índice de preços de despesas de consumo pessoal) de outubro, considerado a medida de inflação preferida do Fed (Federal Reserve).

A bolsa ficará fechada na quinta-feira (28) e encerrará as negociações mais cedo na sexta-feira (29), devido ao feriado de Ação de Graças.

Há ainda a divulgação da ata do FOMC (Comitê de Política Monetária), com mais detalhes da última reunião, que cortou as taxas de juros dos EUA para a faixa de 4,50% a 4,75%.

EUA

Dow Jones Futuro: +0,59%

S&P 500 Futuro: +0,43%

Nasdaq Futuro: +0,45%

Ásia-Pacífico

Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam sem direção definida, com os investidores aguardando uma série de dados econômicos, incluindo dados industriais da China e números de inflação do Japão.

  • Shanghai SE (China), -0,11%
  • Nikkei (Japão): +1,30%
  • Hang Seng Index (Hong Kong): -0,41%
  • Kospi (Coreia do Sul): +1,32%
  • ASX 200 (Austrália): +0,28%

Europa

Os mercados europeus começaram a semana em alta, impulsionados pela recuperação dos mercados globais. O otimismo ganhou força após o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, sinalizar sua intenção de nomear Scott Bessent, fundador do Key Square Group, como secretário do Tesouro.

  • FTSE 100 (Reino Unido): +0,35%
  • DAX (Alemanha): +0,42%
  • CAC 40 (França): +0,58%
  • FTSE MIB (Itália): +0,07%
  • STOXX 600: +0,33%

Relembre como o Ibovespa encerrou a última semana

Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta sexta-feira (22) com alta de 1,74%, aos 129.125,51 pontos. O dólar comercial subiu 0,05%, a R$ 5,81.

Com a Petrobras (PETR4) em um momento positivo, o Ibovespa pegou carona e operou em alta durante esta sessão. A valorização e os dividendos extraordinários da empresa ajudaram a aliviar a pressão que o cenário fiscal estava fazendo sobre o índice. 

Gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, fechou com alta de 0,55%, a US$ 107,56.

O Conselho de Administração da Petrobras aprovou nesta quinta-feira (22) a distribuição de dividendos extraordinários no valor de US$ 20 bilhões. Além disso, o plano de negócios da companhia para 2025/2029 inclui investimentos de US$ 111 bilhões, alta de 9% em relação ao previsto no plano quinquenal anterior.

“A alta das ações da Petrobras é significativa, dado seu peso no índice, com ações ordinárias subindo mais de 6% e preferenciais quase 5%. Além disso, o desempenho de outras ações, como as do setor metálico, também contribuiu positivamente”, avaliou Christian Iarussi, especialista em mercado de capitais e sócio da The Hill Capital.

O Ibovespa também se beneficiou do quadro externo, com dados econômicos positivos nos EUA. O PMI (Índice de Gerentes de Compras) Composto, que acompanha os setores de manufatura e serviços, aumentou para 55,3 neste mês.

“Observo que outro ponto relevante foi a migração para terreno positivo das cotações do petróleo, após um compromisso renovado entre a Opep e a Rússia para estabilizar os mercados de energia”, disse Iarrussi.

A curva de juros segue alta, segundo o especialista, ainda por conta da ausência de anúncio sobre o pacote de corte de despesas pelo governo Lula. O ministro Fernando Haddad (PT), afirmou na quinta-feira (21), que o texto deve ser finalizado na segunda (25) ou na terça (26), mas o anúncio oficial só ocorrerá com o aval do presidente Lula.