Improbidade administrativa

Petrobras (PETR4): Federação denuncia ex-presidente

Ex-presidente é suspeito por sua atuação na 3R Petroleum, empresa que mais adquiriu ativos da Petrobras

Petrobras
Petrobras / Foto: Divulgação

A Fup (Federação Única dos Petroleiros) denunciou o ex-presidente da Petrobras (PETR4), Roberto Castello Branco, por improbidade administrativa. A organização pediu que a ouvidoria da empresa abrisse uma investigação contra ele. Castello Branco esteve à frente da Petrobras entre 2019 e 2021.

A denúncia foi encaminhada em 12 de novembro.

“Denúncias anônimas recebidas pela Fup indicam que Castello Branco teria realizado obras de melhorias de infraestrutura em propriedade privada com recursos da Petrobras”, afirmou a federação, em nota publicada nesta segunda-feira (25).

“Caso sejam comprovadas as denúncias de irregularidades, que os infratores sejam responsabilizados e os recursos devolvidos imediatamente aos cofres públicos”, diz a nota.

Esta não é a primeira vez que a Fup está denunciando o ex-presidente. Em 2022, a federação já havia denunciado Castello Branco por suspeita de improbidade administrativa, pela atuação o ex-dirigente na 3R Petroleum, empresa com a maior aquisição de ativos da Petrobras.

“As negociações entre a Petrobras e a 3R Petroleum movimentaram cerca de R$ 3 bilhões durante os dois primeiros anos de governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, quando Castello Branco comandava a empresa”, disse o coordenador-geral da Fup, Deyvid Bacelar, de acordo com o “Estadão Conteúdo”.

Ele lembrou também que a 3R comprou sete polos de campos de petróleo a preços abaixo do mercado.

Braskem (BRKM5) negocia contrato de gás com Petrobras (PETR4)

A Braskem (BRKM5) está em negociações com a Petrobras (PETR4), que também é sua acionista, sobre os preços do gás natural, o que pode levar a uma potencial expansão do complexo petroquímico do Rio de Janeiro (antiga Riopol). A informação foi dada pelo vice-presidente de finanças, suprimentos e relações institucionais da empresa, Pedro Freitas.

“O etano [matéria-prima que é uma fração do gás natural] existe. O que está em discussão é a negociação de como seria esse contrato para eventual expansão no Rio”, afirmou o executivo durante o Braskem Day, conforme apontado pelo Valor Econômico.

Freitas também comentou que a companhia estuda projetos de expansão no Brasil, embora esses sejam menores em termos financeiros. “De mais relevante, vejo o projeto de expansão da central do Rio, que está posicionada exatamente em frente ao pré-sal”, acrescentou.

O executivo destacou que o governo tem avançado na regulamentação do mercado de gás natural, o que deve aumentar a disponibilidade de etano como matéria-prima para a indústria petroquímica.