Pela primeira vez na série histórica

Lula é rejeitado por 51%, diz Paraná Pesquisas

A rejeição aumentou 3% em relação à pesquisa divulgada em julho e a aprovação caiu 1,1%

Presidente Lula / Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
Presidente Lula / Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 46,1% de aprovação e 51% de rejeição, apontou um levantamento do Paraná Pesquisas divulgado nesta quarta-feira (27). Entre os pesquisados, 2,9% não responderam ou não sabem.

Na série histórica do instituto, esta é a primeira vez que a desaprovação é superior à aprovação em percentual acima da margem de erro, de 2,2%. A rejeição aumentou 3% em relação à pesquisa divulgada em julho e a aprovação caiu 1,1%.

Lula tem a maior aprovação entre as mulheres, jovens entre 16 e 24 anos, idosos e pessoas com escolaridade até o ensino fundamental. Por outro lado, homens, pessoas com ensino superior completo e com entre 45 e 59 anos são os que mais desaprovam o presidente.

Entre regiões, a avaliação é mais positiva somente no Nordeste, onde 57,6% aprovam e 39,2% desaprovam o governo. A maior rejeição ao presidente fica no Sul do país, onde Lula tem 60,6% de desaprovação e 36,8% de aprovação.

Sobre a gestão do presidente, 32,6% avaliam como ótima ou boa, 24,2% como regular e 42,3% a consideram ruim ou péssima.

A pesquisa mostra que 30,5% relatam uma piora em sua situação econômica, ante 25,5% em julho. Isto pode explicar a maior rejeição ao governo Lula. Enquanto isso, o número de pessoas que tiveram melhora na situação econômica foi de 23,8%, queda em relação aos 26,8% registrados na última pesquisa.

Haddad diz que reunião com presidente Lula foi definitiva

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), declarou na noite desta segunda-feira (25) que a “reunião com o presidente Lula foi definitiva”. A afirmação foi feita durante uma coletiva de imprensa, realizada logo após o encontro com ministros e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para discutir medidas de contenção de gastos públicos do Governo Federal.

Segundo Haddad, o texto está “redigido na Casa Civil” e será apresentado ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e ao presidente da Câmara, Arthur Lira. “Propostas de cortes de gastos serão apresentadas para Pacheco e Lira”, afirmou o ministro. Apesar da pressão para detalhar o conteúdo das medidas, Haddad preferiu não antecipar as decisões.

A reunião ocorreu no Palácio do Planalto e contou com a presença de importantes ministros do governo, incluindo Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda), Esther Dweck (Gestão e Inovação em Serviços Públicos), Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social) e Gustavo Guimarães (secretário-executivo do Ministério do Planejamento). A ministra Simone Tebet (Planejamento), titular da pasta, não participou, pois cumpria agenda em São Paulo, onde lançou seu livro O Voo das Borboletas.

Além disso, Haddad levou ao encontro dois de seus principais auxiliares: Dario Durigan, secretário-executivo da Fazenda, e Guilherme Mello, secretário de Política Econômica. Ambos foram fundamentais na elaboração do pacote fiscal que será divulgado nos próximos dias.