Pré-mercado

Café com BPM: bolsas globais mistas de olho nos dados de inflação locais

Os mercados em Nova York operam com horário reduzido nesta Black Friday, encerrando as negociações das bolsas às 15h

Café com BPM: bolsas globais mistas de olho nos dados de inflação locais

As bolsas globais apresentaram movimentos mistos no último pré-mercado da semana, ao passo que os agentes financeiros se preocupam com os respectivos cenários inflacionários locais.

Os mercados em Nova York operam com horário reduzido nesta Black Friday, encerrando as negociações das bolsas às 15h e do mercado de Treasuries às 16h. No cenário internacional, a agenda inclui a divulgação do PIB de alguns países europeus e dados de inflação na zona do euro.  

No Brasil, o clima é de cautela, dificultando qualquer previsão para o dia, após a intensa reação negativa dos investidores ao pacote de contenção de gastos apresentado pelo governo. O que se esperava ser um estímulo às expectativas acabou gerando mais dúvidas e aumentando a percepção de risco fiscal.  

A entrevista coletiva do ministro Fernando Haddad e técnicos da Fazenda não foi suficiente para dissipar as incertezas. 

Economistas questionam a estimativa de economia de R$ 70 bilhões, apresentando cálculos que apontam para um impacto fiscal menor e aquém do necessário.

EUA

A curta sessão desta sexta-feira (29) começa com alta nos índices futuros dos EUA, marcando o retorno das negociações após o feriado de Ação de Graças, que manteve os mercados fechados na última quinta-feira (28).  

Impulsionado por um rali pós-eleitoral após a vitória do presidente eleito Donald Trump, o Dow Jones acumula um salto superior a 7% em novembro, a caminho de registrar seu melhor desempenho mensal de 2024. 

O S&P 500 e o Nasdaq também seguem em ritmo positivo, com ganhos superiores a 5% no mesmo período.

Cotação dos índices futuros dos EUA:

Dow Jones Futuro: +0,30%

S&P 500 Futuro: +0,26%

Nasdaq Futuro: +0,39%

Bolsas asiáticas

Os mercados da Ásia-Pacífico encerraram o pregão sem uma direção clara, com destaque para o recuo nas ações da Coreia do Sul, refletindo a segunda queda consecutiva na produção industrial do país em outubro.

Em Tóquio, os investidores digeriram os números de inflação de novembro, que apontaram uma taxa geral de 2,6%. O dado reforçou as expectativas de que o Banco do Japão poderá elevar suas taxas de juros em breve.

O iene também se destacou, alcançando seu nível mais alto em mais de um mês frente ao dólar, ultrapassando momentaneamente o patamar de 150.

Shanghai SE (China), +0,93%

Nikkei (Japão): -0,37%

Hang Seng Index (Hong Kong): +0,29%

Kospi (Coreia do Sul): -1,95%

ASX 200 (Austrália): -0,10%

Bolsas europeias

Na Europa, os mercados operam de forma mista, com atenção voltada para os números de inflação na zona do euro.

A expectativa dos economistas é de uma taxa de 2,3% em novembro, acima dos 2,0% de outubro. Contudo, o dado da Alemanha surpreendeu ao mostrar uma desaceleração maior do que a esperada, o que pode influenciar a leitura final do bloco.

Enquanto isso, os traders precificam completamente um corte de 25 pontos-base na taxa de juros pelo Banco Central Europeu em dezembro.

Porém, uma inflação mais moderada poderia mudar o cenário, aumentando a probabilidade de um corte maior, de 50 pontos-base, atualmente estimada em apenas 19%.

FTSE 100 (Reino Unido): -0,02%

DAX (Alemanha): -0,03%

CAC 40 (França): +0,03%

FTSE MIB (Itália): -0,14%

STOXX 600: +0,02%

Ibovespa: relembre a véspera

Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão da última quinta-feira (28) com baixa de 2,40%, aos 124.610,41 pontos. O dólar comercial subiu 1,30%, a R$ 5,98.

O Ibovespa viveu um dia histórico nesta sessão, porém, consagrando números negativos após a frustração do mercado com o pacote de medidas fiscais do governo. O dólar bateu a valorização inédita de R$ 6, enquanto o mar vermelho levou o índice a um patamar não visto há mais de 4 meses.

Radar corporativo

Goldman Sachs aumentou o preço-alvo da JBS (JBSS3) de R$ 42,9 para R$ 44,00 em 12 meses, com possibilidade de valorização de 25%, e reiterou recomendação de compra de ações da companhia. As informações são de relatório banco divulgado nesta quinta-feira (28) para clientes.

“A mudança para o nosso preço-alvo foi impulsionada principalmente pelos lucros e, em menor grau, pela marcação a mercado dos níveis de avaliação atuais dos pares”, afirma o documento. Os ajustes consideram os resultados da empresa no 3T24, dados recentes do setor, tendências no curto prazo e o câmbio.

Agenda do dia

Indicadores
▪️ 04h00 – Alemanha/Destatis: vendas no varejo de outubro
▪️ 04h00 – Turquia/Turkstat: PIB do 3TRI
▪️ 04h45 – França/Insee: PIB do 3TRI
▪️ 07h00 – Zona do euro/Eurostat: CPI e Núcleo do CPI preliminares de novembro
▪️ 08h30 – Brasil/BC: Primário do setor público consolidado em outubro
▪️ 09h00 – Brasil/IBGE/Pnad: Taxa de desemprego no trimestre até outubro
▪️ 10h15 – Brasil/FGV: IIE-Br de novembro
▪️ 10h30 – Canadá/Statcan: PIB do 3TRI
▪️ 15h30 – Brasil/Tesouro: Relatório Mensal da Dívida Pública
▪️ 22h30 – China/NBS: PMI industrial e PMI de serviços de novembro
▪️ Aneel divulga a bandeira tarifária de dezembro

Eventos
▪️ 11h30 – Haddad, Tebet, Galípolo, Guillen e outros diretores do BC participam de almoço da Febraban
▪️ 14h30 – Brasil: BC concede coletiva sobre estatísticas fiscais de outubro
▪️ 16h00 – Brasil/Tesouro: Coletiva sobre Relatório Mensal da Dívida Pública