Mercado

Vale (VALE3): Safra rebaixa recomendação de olho em nova mineradora

O Banco Safra determinou um preço-alvo de R$ 68 para as ações da Vale e de US$ 11,50 para os ADRs da mineradora

Foto: Vale (VALE3)/Divulgação
Foto: Vale (VALE3)/Divulgação

O Banco Safra fez uma revisão do setor de mineração e siderurgia e rebaixou a recomendação para a ação ordinária da Vale (VALE3) saindo de “compra” para “neutro”, enquanto a CSN (CSNA3) recebeu recomendação de “venda”.

Além disso, as estimativas da instituição para a CSN Mineração (CMIN3) também foram revisadas para baixo, com expectativa negativa para os preços do minério de ferro e vendo níveis baixos de fluxo de caixa livre (FCF) nas empresas do segmento.

Em relatório assinado pelo analistas Ricardo Monegaglia e Felipe Centeno, o Banco Safra determinou um preço-alvo de R$ 68 para as ações da Vale e de US$ 11,50 para os ADRs da mineradora. 

Mesmo diante de um valuation atrativo, os analistas observam as preocupações macroeconômicas, e com o fato de que os preços do minério de ferro podem neutralizar o impacto positivo de bons resultados, segundo o “E-Investidor”.

Enquanto isso, para a CSN, o preço-alvo foi rebaixado de R$ 15 para R$ 10,40, com a justificativa da geração de caixa consistentemente negativa nos próximos anos, por conta de fatores como menores preços de minério de ferro, aumento do capex (investimento) e despesas financeiras elevadas por mais tempo.

Para a CNS Mineração a recomendação seguiu neutra, com preço-alvo de R$ 5,50.

Caso Mariana: Vale (VALE3), Samarco e BHP são absolvidas após 9 anos

A Justiça Federal absolveu as mineradoras Vale (VALE3), Samarco BHP pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG). A decisão acontece após nove anos de um dos maiores desastres ambientais do Brasil.

A deliberação do tribunal baseou-se na “ausência de provas suficientes” para responsabilização criminal direta dos acusados. Embora o desastre em Mariana tenha causado 19 mortes, destruído comunidades e impactado o meio ambiente, a Justiça considerou que não foi possível determinar condutas específicas dos réus.

Em um julgamento paralelo em Londres, iniciado em outubro, foi revelado que a BHP estimava o risco do colapso e os custos associados, mas não implementou simulações de evacuação na região afetada. O MPF (Ministério Público Federal) disse que irá recorrer da decisão da Justiça.