Vale e Petrobras em alta

Ibovespa fecha em baixa visando piora econômica e dólar renova recorde

O Ibovespa, fechou a sessão desta segunda-feira (02) com baixa de 0,34%, aos 125.235,54 pontos; o dólar subiu, a R$ 6,06

Foto: CanvaPro / Ibovespa
Foto: CanvaPro / Ibovespa

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta segunda-feira (02) com baixa de 0,34%, aos 125.235,54 pontos. O dólar comercial subiu 1,13%, a R$ 6,06.

O Ibovespa entrou no último mês de performance de 2024 com o pé esquerdo. Nesta sessão, o índice ficou entre perdas e ganhos enquanto processava declarações do futuro presidente do BC (Banco Central) Gabriel Galípolo e expectativas para a economia.

O Gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, também fechou em alta de 0,68%, a US$ 106,46.

O dólar avançou para um novo valor recorde, o que impulsionou segmentos que ganham nessa moeda, como as empresas do agronegócio e frigoríficos, enquanto a pressão derrubou a Azul (AZUL4) e outras companhias.

A manhã começou com a divulgação do Relatório Focus do BC, com previsão para o PIB (Produto Interno Bruto), Selic (taxa básica de juros), IPCA (Índice de Preços ao Consumidor).

O consenso de economistas consultados espera que para 2024 o IPCA suba para 4,71%, alta também para o PIB a 3,22%, enquanto a Selic não teve alteração e a estimativa segue em 11,75%.

Os agentes do mercado aguardam com ansiedade o discurso de Gabriel Galípolo em evento da XP Investimentos. O atual diretor de política monetária do BC afirmou que  a situação econômica atual indica “juros mais altos por mais tempo”.

Fernando Bresciani, analista de investimentos do Andbank, pontuou que os treasuries caíram, mas no Brasil o cenário foi de juros subindo junto com o dólar e a Bolsa em queda.

“Basicamente, ainda por conta da digestão do pacote corte de gasto, que foi mal recebido, uma vez que o mercado vê o corte na faixa de R$ 40 bilhões e muitas incertezas em relação ao conteúdo que vai ser aprovado”, disse.

Ele destacou ser “lógico” que uma política monetária mais restritiva seja necessária, dada a performance mais dinâmica da economia e a desvalorização da moeda.

Entre os papéis de força do Ibovespa, a Vale (VALE3) e a Petrobras (PETR4) ajudaram a segurar os ganhos. Os preços internacionais do petróleo fecharam opostos, mas perto da estabilidade, enquanto o minério de ferro teve alta.

Ainda no radar corporativo, vale destacar que a Vale valorizou mesmo após ter sua recomendação rebaixada pelo Banco Safra e pela XP Investimentos. Ambas recomendaram a compra do papel.

A Ambev (ABEV3) liderou os ganhos do Ibovespa, avançando 4,08%. Logo atrás, Petz (PETZ3) e SLC Agrícola (SLCE3) registraram altas de 3,49% e 3,22%, respectivamente.

Já na ponta negativa, Azul (AZUL4) liderou as perdas, caindo 7,91%. Em seguida, vieram Raizen (RAIZ3) e Locaweb (LWSA3), com perdas de 4,55% e 4,28%.

Altas e Baixas do Ibovespa: bancos tradicionais caem

No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) avançaram 0,26% e 0,64%, respectivamente. Prio (PRIO3) desvalorizou 0,35%.

Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) subiu 0,24%. Gerdau (GGBR4) registrou alta de 0,89%. Usiminas (USIM5) valorizou 0,49%.

No setor bancário, Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) operaram com baixas de 1,43% e 0,81%, respectivamente. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) seguiram com desvalorizações ee 2,14% e 0,84%, em sequência.

Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) subiu 1,88%. As ações das Lojas Americanas (AMER3) recuaram 2,06%. Casas Bahia (BHIA3) valorizou 1,88%.

Índices do exterior fecharam com maioria em alta

Os principais índices europeus tiveram desempenhos positivos nesta segunda-feira (02). O índice DAX, de Frankfurt, valorizou 1,64%, enquanto o CAC 40, de Paris, avançou 0,02%. Já o índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,54%. 

Em Wall Street, os índices S&P 500 e Nasdaq subiram 0,24% e 0,97%, respectivamente. Já o Dow Jones caiu 0,28%.