Sistema financeiro

Google e Febraban vão colaborar para combater fraudes

Acordo é voltado para usuários do Android e de aplicativos bancários

Segurança cibernética: pilar fundamental para o crescimento das fintechs
Segurança cibernética / Foto: Pixabay

A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) e o Google assinaram, nesta segunda-feira (2), um acordo de colaboração para aumentar a segurança cibernética e combater roubos e fraudes no sistema financeiro. A ação é voltada para usuários do sistema operacional Android e de aplicativos bancários no Brasil.

O acordo foi assinado pelo presidente da Febraban, Isaac Sidney, e pelo presidente do Google Brasil, Fabio Coelho, em reunião fechada no escritório do Google, em São Paulo.

“Esse trabalho conjunto possibilitará que o sistema financeiro passe a ter ferramentas tecnológicas de prevenção a fraudes mais eficazes”, diz Isaac Sidney, presidente da Febraban, em nota da federação.

“É mais um passo importante do setor para garantir a segurança dos serviços prestados. Estamos dando aqui uma resposta efetiva à sociedade de nosso compromisso com os clientes”, completa.

A cooperação prevê a criação de grupos de trabalho, promoção de estudos e outras atividades que sejam necessárias para garantir mais segurança aos clientes bancários e aos usuários do sistema Android.

“A colaboração entre o Google e a Febraban reforça nosso compromisso com a segurança dos usuários do Android e do sistema financeiro no Brasil. Unindo forças e expertise, poderemos desenvolver soluções inovadoras que protejam os brasileiros contra fraudes e promovam um ecossistema digital mais seguro para todos”, afirma Fabio Coelho, presidente do Google Brasil, na nota da Febraban.

Google (GOGL34): possível venda do Chrome pode reconfigurar setor

Recentemente, o Departamento de Justiça dos EUA solicitar que a Alphabet (GOGL34) — dona do Google — venda o navegador Chrome como parte de uma correção judicial para sua monopolização do mercado de busca online. O pedido trouxe questionamentos sobre os possíveis impactos da operação no setor.

“Por se tratar de uma coisa tão séria, eu acho que [a venda] pode não acontecer”, comentou Bruna Alleman, head da mesa internacional da Nomos. Na perspectiva da especialista, esse movimento pode gerar uma incerteza global, desequilibrando o “sistema da Bolsa de Valores”.

Alleman acrescentou que as repercussões em torno do tema podem ser voláteis e reconfigurar todos os concorrentes. “A Microsoft, por exemplo, que tem o Edge, e o Mozilla, que tem o Firefox, podem ganhar participação de mercado”, comentou analista.

Contudo, Alleman pontuou que essas empresas também podem enfrentar questionamentos “semelhantes aos que o Google já teve”.

“Para o investidor, isso pode redesenhar a forma como ele vê as empresas de tecnologia, que mais renderam nos últimos anos, e como ele vai se posicionar perante a Bolsa de Valores americana”, disse Alleman.

Em relação às empresas, é possível que organizações de menor porte comecem a receber mais atenção. Com isso, Gianluca Di Mattina, especialista em investimentos da Hike Capital, apontou que uma possível venda poderia desencadear uma “reconfiguração no setor de tecnologia”.

“Empresas concorrentes poderiam buscar aumentar sua participação de mercado, enquanto investidores reavaliariam suas posições nesse segmento, considerando os riscos regulatórios”, acrescentou Matina.