Abertura do mercado

Ibovespa abre em alta com PIB; dólar oscila

Investidores reagem ao crescimento de 0,9% do PIB no terceiro trimestre

Foto: CanvaPro/Ibovespa
Foto: CanvaPro/Ibovespa

Ibovespa, principal índice do mercado acionário nacional, iniciou o pregão desta terça-feira (3) em alta, com investidores reagindo aos dados do PIB (produto interno bruto). O mercado segue observando o detalhamento da PEC do corte de gastos e aguarda os dados de emprego dos EUA.

O PIB do Brasil cresceu 0,9% no terceiro trimestre do ano, em relação aos três meses anteriores. Houve desaceleração ante o segundo trimestre de 2024, quando foi registrado crescimento de 1,4%. O desempenho do terceiro trimestre está de acordo com o consenso LSEG de analistas, que esperava alta de 0,9%.

Por volta das 10h20 (horário de Brasília) o marcador apresentava um avanço de 0,85%, aos 126.374 pontos.

Já o dólar comercial oscilava, apresentando uma alta de 0,02%, cotado a R$ 6,0591.

O mercado segue reagindo ao pacote de gastos. A PEC para o corte de despesas foi enviada nesta segunda-feira (3) ao Congresso Nacional. Entre as medidas, a proposta estabelece limitações aos “supersalários” do setor público.

Além disso, investidores aguardam a divulgação do relatório “Jolts” (Job Openings and Labor Turnover Survey) nesta terça-feira (3), que traz dados sobre ofertas de emprego e demissões nos EUA.

Mais detalhes sobre o que move o Ibovespa

Nos dados detalhados do PIB divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), os Serviços (0,9%) e a Indústria (0,6%) cresceram, enquanto a Agropecuária (-0,9%) apresentou queda. Além do PIB, o IBGE também divulgou uma revisão para cima do crescimento do PIB de 2023, agora de 3,2%. O percentual anterior era de 2,9%.

O mercado também segue de olho na PEC do corte de gastos, que precisa ser aprovada pelo Congresso e pelo Senado, com três quintos de apoio em cada um, para entrar em vigor. Para aprová-la ainda neste ano, o governo tem um tempo hábil de três semanas até o recesso parlamentar.

Também em âmbito nacional, o mercado está acompanhando o desempenho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Em almoço na Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) na semana passada, os principais bancos brasileiros demonstraram apoio ao ministro e sua dedicação ao cumprimento das medidas do arcabouço fiscal.

EUA

Os índices S&P 500 e Nasdaq fecharam a segunda-feira em níveis recordes, após atingirem novas máximas durante o pregão, enquanto o Dow Jones teve uma retração de mais de 100 pontos, representando cerca de 0,3%.

Cotação dos índices futuros dos EUA:

Dow Jones Futuro: +0,03%

S&P 500 Futuro: +0,04%

Nasdaq Futuro: -0,01%

Na Ásia-Pacífico, as bolsas encerraram em alta, impulsionadas pelo desempenho positivo em Wall Street. O impacto de novas restrições impostas pelos EUA ao acesso da China a tecnologias críticas, como chips e inteligência artificial, foi menor do que o esperado, aliviando parte das tensões no mercado.

As ações chinesas também se recuperaram após a notícia de que líderes do país irão iniciar, nesta quarta-feira, uma conferência anual de trabalho econômico, com foco em estabelecer metas de crescimento e estratégias de estímulo para 2025.

Shanghai SE (China), +0,44%

Nikkei (Japão): +1,91%

Hang Seng Index (Hong Kong): +1,00%

Kospi (Coreia do Sul): +1,86%

Notícias Relacionadas

ASX 200 (Austrália): +0,56%

Bolsas europeias

Na Europa, os mercados operam em alta, mas a crise política francesa domina as atenções. O governo enfrenta instabilidade severa, com moções de desconfiança apresentadas por diferentes espectros políticos.

O primeiro-ministro Michel Barnier, sob pressão, tentou avançar com uma reforma previdenciária sem aprovação parlamentar, agravando a situação. Caso a queda do governo se concretize, será a primeira vez desde 1962 que um gabinete francês é forçado a renunciar dessa forma.

A crise na França soma-se à instabilidade política na Alemanha, que caminha para eleições antecipadas após o colapso de sua coalizão de governo.

O cenário crítico na Europa ocorre em um momento em que Donald Trump, nos EUA, sinaliza um retorno à Casa Branca e cogita impor tarifas comerciais significativas à região, citando déficits na compra de produtos agrícolas e automóveis americanos.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,37%

DAX (Alemanha): +0,29%

CAC 40 (França): +0,80%

FTSE MIB (Itália): +0,94%

STOXX 600: +0,44%