O Itaú Unibanco (ITUB4) vai permitir que todos os clientes negociem bitcoin e ethereum dentro do aplicativo, anunciou o banco nesta terça-feira (3). Vai ser priorizada a oferta de ativos consolidados e negociados nas maiores bolsas do mundo, com taxa de 2,5% na compra e investimento mínimo de R$ 10.
Os ativos vão ser custodiados no Itaú, sem cobranças mensais ou taxas de venda. O objetivo da nova oferta é atrair investidores com interesse nas criptomoedas, mas que ainda não se sentem seguros para negociações mais complexas, em exchanges e carteiras digitais.
O banco está ampliando o serviço para todos os clientes em um momento em que o bitcoin passa por valorização de aproximadamente 45%, desde a vitória de Donald Trump nos EUA. Atualmente, o valor do ativo está próximo dos R$ 100 mil dólares.
“Estamos focando muito em educação… O volume mínimo (de compra) é de R$ 10, o máximo depende do perfil do cliente”, disse João Araújo, diretor de Negócios, Plataformas e Experiências Digitais do banco, em entrevista a jornalistas.
“Testamos a negociação de criptoativos em menor escala, tivemos uma adesão significativa de nossos clientes e agora estamos maduros para oferecer essa modalidade para todos os clientes”, afirmou.
Atualmente, clientes podem vender bitcoin e ethereum no aplicativo do banco e ter a conversão em reais diretamente depositada em sua conta. “É uma experiência muito próxima de se fazer um PIX… Estamos bem em cima dessa questão da experiência”, disse o executivo.
Transferência de custódia para o Itaú
O Itaú Unibanco já oferecia negociações de bitcoin e ethereum há um ano, mas apenas na plataforma Íon, voltada para investidores experientes. Nesse período, o volume de compra mensal das criptomoedas cresceu 300%, disse o banco.
A intenção do Itaú é que investidores possam transferir carteiras dessas moedas digitais de outros locais para a custódia do banco a partir de 2025, mas isto vai depender da evolução da regulamentação sobre o setor, hoje em consulta pública, disse Araújo.
“Tem demanda muito grande de clientes querendo trazer da autocustódia para a custódia do Itaú”, afirmou o diretor.
Sobre a possibilidade de outras moedas digitais, como a Solana, negociadas no banco, Araújo afirmou que ainda falta “clareza regulatória” para isso. “Ether e bitcoin têm clareza regulatória maior. Quando tivermos isso vamos escutar os clientes sobre quais tokens eles quererem ver listados e vamos oferecer mais alternativas”, disse.