Contra o real

Rui Costa diz que reação do mercado é ‘ataque especulativo’

“Vivemos duas realidades no país. A da vida real, da economia real, que cresceu 3,2% no ano passado", disse o Rui Costa

Foto: Agência Brasil
Foto: Agência Brasil

O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), reagiu às pressões do setor financeiro e as classificou como um “ataque especulativo” ao real.

Rui apontou que dados econômicos positivos, como a redução do nível de desemprego, o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) e a expansão dos investimentos, sustentam que fatos como a alta do dólar em relação à divisa brasileira não encontram amparo no cenário atual.

“Vivemos duas realidades no país. A da vida real, da economia real, que cresceu 3,2% no ano passado; vai crescer 3,5% [em 2024] e [que registrou] o menor desemprego da série histórica”, disse o ministro, de acordo com o “InfoMoney”. Ele se referiu à atual taxa de desocupação, de 6,2%, menor patamar verificado pela Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua desde 2012.

“Ou seja, é um cenário extremamente positivo. Mas do outro lado, temos um cenário imaginário, de especuladores, que não dá para compreender. De pessoas que colocam o desejo de auferir lucros extraordinários, tentando elevar artificialmente o preço do dólar [e, consequentemente, encarecer] as condições de vida das pessoas”, acrescentou.

Rui Costa diz que dólar ‘vai baixar’ após explicações sobre pacote fiscal

Questionado sobre a disparada do dólar após anúncio do pacote fiscal, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse a jornalistas que a equipe econômica explicaria as medidas para o mercado. No final de novembro, o dólar renovou a máxima histórica ao atingir R$ 6.

“Vai baixar. É dialogar com o mercado. A equipe econômica vai conversar”, disse o ministro da Casa Civil.

Rui frisou ainda que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está comprometido com a responsabilidade fiscal. “Quem apostar contra o Brasil vai perder, porque não vamos brincar de política econômica”, disse ele.

Perguntado sobre a isenção de Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil, o ministro disse não acreditar que esse tenha sido o motivo da disparada do dólar. Segundo ele, a alta da moeda foi reflexo do feriado de Ação de Graças nos EUA, quando as Bolsas permaneceram fechadas.