A Shell e a norueguesa Equinor vão formar uma joint venture 50-50 fundindo operações no Mar do Norte, no Reino Unido, informaram as empresas nesta quinta-feira (5), segundo a “Reuters”. As companhias afirmam que esta vai ser a maior empresa de petróleo e gás da bacia em processo de envelhecimento.
Um dos objetivos da joint venture, que vai ter sede em Aberdeen, na Escócia, é permitir que as duas empresas unam recursos e cortem custos.
“A nova empresa (…) proporcionará um futuro sustentável de longo prazo para campos e plataformas individuais de petróleo e gás, ajudando a prolongar a vida útil desse setor crucial para o benefício do Reino Unido”, disseram as empresas, em comunicado.
A produção conjunta deve aumentar para entre 200 mil e 220 mil barris de óleo equivalente (boed) por dia nos próximos cinco anos, com o desenvolvimento de projetos e da extração de petróleo no campo de Rosebank, disse o chefe de produção de petróleo e gás da Equinor, Philippe Mathieu, à “Reuters”.
A joint venture não tem intenção de fazer uma oferta pública inicial de ações e vai emitir sua própria dívida, afirmou a repórteres a diretora de Upstream da Shell, Zoe Yujnovich.
Shell e Equinor se unem em momento de queda de produção
A produção na bacia do Mar do Norte vem caindo nos últimos anos. No início dos anos 2000, era de 4,4 milhões de boed e atualmente caiu para 1,3 milhão, segundo informações da “Reuters”. Isto está fazendo com que empresas de petróleo deixem gradualmente a região.
A saída tem sido impulsionada por impostos sobre lucros extraordinários de pretrolíferas na região, cobrados pelo governo do Reino Unido após uma alta nos custos de energia em 2022.
No entanto, a Equinor tem avançado no campo de Rosebank, uma das últimas grandes fontes de petróleo do Reino Unido, e a Shell está explorando o campo de gás de Jackdaw.