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Âmbar Energia compra quatro usinas hidrelétricas da Cemig (CMIG4)

Com a aquisição, a Âmbar Energia tem agora 43 unidades de geração de energia com capacidade total de 4,1 gigawatts

Foto: Divulgação/Âmbar Energia
Foto: Divulgação/Âmbar Energia

O leilão da B3 – Bolsa brasileira – foi vencido pelo braço de energia do grupo J&F, a Âmbar Energia, nesta quinta-feira (5). A empresa arrematou o direito de exploração dos serviços de geração de energia elétrica de quatro usinas da Companhia Energética de Minas Gerais, a Cemig (CMIG4). A proposta vencedora foi de R$ 52 milhões.

Os itens do leilão incluíam, em lote único, as Usinas Hidrelétricas (UHEs), de Marmelos, em Juiz de Fora, de Martins, em Uberlândia, e de Sinceridade, em Manhuaçu, e a Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Machado Mineiro, em Águas Vermelhas, todas em Minas Gerais. 

A geração das quatro usinas juntas têm capacidade de 14,8 MW.

“Continuamos a investir na expansão do nosso portfólio de ativos, alinhando nossas ações à estratégia de diversificação crescente das fontes de geração de energia. Esse movimento tem como objetivo fortalecer a segurança energética do Brasil e também desempenhar um papel significativo na transição para uma matriz energética mais sustentável”, disse Marcelo Zanatta, presidente da Âmbar Energia, segundo o “Valor”.

A partir de agora, a Âmbar tem 43 unidades de geração de energia, considerando as aquisições, com capacidade total de 4,1 gigawatts (GW), fundamentais para garantir a segurança do abastecimento de eletricidade no Brasil. 

Em termos de capacidade instalada, a empresa é o segundo maior gerador privado de energia a gás natural no Brasil. Além disso também opera unidades hidrelétricas, solares, de biomassa, carvão mineral e biogás.

Âmbar Energia: Aneel é obrigada a aprovar compra da Amazonas Energia

Uma decisão judicial obrigou a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica)a aprovar em 24 horas o plano de transferência da Amazonas Energia para a Âmbar Energia, do grupo J&F, dos irmãos Batista, com custo de R$ 14 bilhões em 15 anos, informou a agência nesta quinta-feira (03).

Seguindo orientação da área técnica, a agência aprovou na terça-feira (2) uma proposta prevendo um custo menor, de R$ 8,04 bilhões.

A possibilidade de realização de uma nova reunião extraordinária está sendo analisada pela diretoria da Aneel. As flexibilizações regulatórias e de eficiência aprovadas pela Medida Provisória nº 1.232, que foi publicada pelo governo em junho para possibilitar a transferência de controle, estão sendo consideradas na estimativa de custo.

Esses custos são bancados pela Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), via tarifa dos consumidores, segundo o “InfoMoney”.

A previsão inicial de custo era R$ 15,8 bilhões em 15 anos, porém houve uma redução a R$ 14 bilhões após a Âmbar Energia apresentar um segundo plano de transferência.

A diretora Agnes Maris votou, na terça-feira, para seguir a decisão judicial nos moldes do segundo plano, de R$ 14 bilhões.

Um prazo de 48 horas para que a Aneel aprovasse a transferência de da distribuidora da Oliveira Energia para a empresa do grupo J&F já havia sido determinado pela Justiça do Amazonas. Esse âmbito corria na proposta inicial de R$ 15,8 bilhões, mas a agência recorreu da decisão.

Conforme infome da Aneel, ela aguarda a notificação oficial da Justiça Federal do Amazonas sobre a nova decisão que obriga a transferência de controle da Amazonas Energia.

Além disso, o órgão também espera pelas orientações da AGU (Advocacia-Geral da União) quando ao cumprimento da decisão.