Exterior em alta

Ibovespa fecha em forte baixa por temor com fiscal; dólar renova recorde

O Ibovespa fechou a sessão desta sexta-feira (6) com baixa de 1,50%, aos 125.945,67 pontos; o dólar subiu, a R$ 6,07

Ibovespa/Foto:CanvaPro
Ibovespa/Foto:CanvaPro

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta sexta-feira (6) com baixa de 1,50%, aos 125.945,67 pontos. O dólar comercial subiu 1,00%, a R$ 6,07, novo recorde histórico.

O Ibovespa segue repercutindo os desdobramentos em torno do pacote para contenção de gastos públicos, que agora está no Congresso Nacional.

O Gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, também teve alta de de 0,34%, a US$ 106,07.

Na sessão da véspera, a aprovação da urgência em votar o projeto na Câmara dos Deputados levou o índice à forte alta, porém, desta vez, rumores de que os parlamentares estariam resistentes ao texto abalaram a confiança do mercado.

Além disso, na linha da economia houve a aprovação histórica do acordo de livre comércio entre os blocos econômicos Mercosul e UE (União Europeia).  Desde 1999, Mercosul e União Europeia trabalham no desenvolvimento de um acordo de livre comércio entre os blocos.

No entanto, o acordo não fez preço no Ibovespa, que também ignorou o resultado do payroll dos EUA. O número de vagas de emprego criadas no país veio acima das expectativas, em 227 mil.

Enquanto isso, a taxa de desemprego subiu de 4,1% para 4,2%, percentual dentro das expectativas. Esses dados lançaram novas perspectivas sobre o percurso que o Fed (Federal Reserve) deve seguir com a taxa de juros.

“Tivemos diversos comentários de membros do Fed afirmando que a economia segue aquecida, mas que diante da troca de governo, é melhor ir pausando essa queda [dos juros] para ver o que vai ser feito”, disse Fernando Bresciani, analista de investimentos do Andbank.

Em paralelo a isso, no radar corporativo, as ações ligadas a commodities e as mais sensíveis aos juros futuros sofreram neste pregão, indicou Alexsandro Nishimura, economista da Nomos.

“O petróleo fechou em baixa, refletindo a decisão da Opep+ de prorrogar cortes na produção até abril de 2025, com retomada gradual ao longo de 18 meses”, ressaltou o economista.

Com isso, o mercado teme pela demanda global da commodity, visto que o cenário econômico da China ainda tem desafios, mesmo com expectativa por novos estímulos no país.

Já no radar corporativo, as ações ligadas a commodities tiveram grande peso sobre o Ibovespa

A Embraer (EMBR3) liderou os ganhos do Ibovespa, avançando 1,70%. Logo atrás, B3 (B3SA3) e WEG (WEGE3) registraram altas de 1,53% e 1,22%, respectivamente.

Já na ponta negativa, CVC (CVCB3) liderou as perdas, caindo 11,59%. Em seguida, vieram Magalu (MGLU3) e Carrefour (CRFB3), com perdas de 7,07% e 7,04%.

Altas e Baixas do Ibovespa: Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) desvalorizam forte

No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) recuaram 2,07% e 1,54%, respectivamente. Prio (PRIO3) desvalorizou 2,36%.

Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) caiu 1,71%. Gerdau (GGBR4) registrou baixa de 1,82%. Usiminas (USIM5) desvalorizou 2,92%.

No setor bancário, Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) operaram com baixas de 2,04% e 2,94%, respectivamente. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) seguiram com desvalorização 2,30% e 1,05%, em sequência.

Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) caiu 7,07%. As ações das Lojas Americanas (AMER3) recuaram 3,13%. Casas Bahia (BHIA3) desvalorizou 6,78%.

Índices do exterior fecharam com maioria em alta

Os principais índices europeus tiveram desempenhos positivos nesta sexta-feira (6). O índice DAX, de Frankfurt, valorizou 0,21%, enquanto o CAC 40, de Paris, avançou 1,31%. Já o índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,15%. 

Em Wall Street, os índices S&P 500 e Nasdaq subiram 0,25% e 0,81%, respectivamente. Já o Dow Jones caiu 0,28%.