O China anunciou nesta segunda-feira (9) que o país adotará uma política monetária “adequadamente frouxa” em 2024, a fim de sustentar o crescimento econômico. O posicionamento marca a primeira mudança para afrouxamento desde 2010.
Além disso, segundo a agência estatal Xinhua, o governo planeja implementar uma política fiscal mais proativa e intensificar ajustes anticíclicos “não convencionais”, buscando estimular vigorosamente o consumo e expandir a demanda interna em todas as frentes.
As declarações ocorrem antes da Conferência Anual de Trabalho Econômico Central, reunião em que serão definidas as metas econômicas para o próximo ano.
De acordo com a Xinhua, o Politburo, principal instância de decisão do Partido Comunista Chinês, reforçou a importância de seguir o “princípio de buscar o progresso mantendo a estabilidade” para 2025, com foco em inovação e equilíbrio econômico.
A postura política e econômica da China
A nova abordagem da política monetária chinesa reflete uma transição inédita desde que a postura foi ajustada para “prudente” em 2010.
O banco central chinês utiliza cinco classificações para descrever suas políticas econômicas: “frouxa”, “adequadamente frouxa”, “prudente”, “apropriadamente apertada” e “apertada”, cada uma delas com flexibilidade para ajustes.
“Uma política fiscal mais proativa e uma política monetária adequadamente frouxa devem ser implementadas, aprimorando e refinando o conjunto de ferramentas, fortalecendo ajustes anticíclicos extraordinários”, afirmou a Xinhua em sua cobertura.
Após a crise financeira global de 2008, a China adotou a política “adequadamente frouxa” para sustentar sua recuperação, mas alterou essa posição no final de 2010, sinalizando uma fase de maior cautela.
Agora, com a economia enfrentando novos desafios, o governo aposta em estratégias para incentivar a recuperação e fortalecer a estabilidade interna.
Mercado reage positivamente aos estímulos da China
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores Brasileira, a B3, subia impulsionado pelo fortalecimento de commodities, como minério de ferro e petróleo, refletindo o otimismo após declarações da China sobre flexibilização monetária em 2024 para sustentar o crescimento econômico.
A China anunciou sua primeira mudança em mais de uma década rumo a um afrouxamento monetário, prometendo também políticas fiscais mais proativas e ajustes anticíclicos. O posicionamento renovou expectativas de maior demanda por commodities.