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Azul (AZUL4) avança em negociação com credores

A expectativa da Azul é satisfazer as condições de saque postergado junto com a emissão das notas super prioritárias

Azul / Divulgação
Azul / Divulgação

Conforme informado pela Azul (AZUL4) nesta segunda-feira (9), em janeiro serão lançadas as ofertas de permuta e solicitações de consentimento relacionadas às notas de primeiro e segundo grau como parte do seu processo de renegociação de dívidas com credores.

Foi necessário negociar, antes do lançamento das ofertas de permutas, alguns termos das transações com o grupo ad hoc de detentores de títulos de dívidas apoiadores, disse a Azul.

A companhia aérea negocia alguns pontos como acordos de governança pós-transação e planos de incentivo à administração, estes que incluem  direitos de indicação ao conselho e um compromisso de migração para uma única classe de ações.

Com isso, a expectativa da Azul é satisfazer as condições de saque postergado junto com a emissão das notas super prioritárias, além da consumação das ofertas de permuta, o que garantiria acesso aos US$ 500 milhões em financiamento.

Azul (AZUL4) precisa estar em posição melhor antes de possível fusão

O fundador e controlador da Azul (AZUL4), David Neeleman, declarou nesta terça-feira (3) que a empresa precisa ser “arrumada” antes de se “aventurar” em conversas sobre uma fusão com a Gol (GOLL4).

“Precisávamos nos arrumar para falar sobre isso. Tínhamos de estar em uma posição melhor para tratar de uma fusão. Temos de ter uma posição forte”, disse Neeleman, de acordo com o Valor.

O CEO da aérea, John Rodgerson, também comentou o tema, afirmando que as conversas estão caminhando. Ele destacou que, em geral, consolidações são a melhor alternativa de retorno aos investidores. “Se alguma coisa evoluir, no tempo correto vamos comunicar”, declarou.

A posição referida por Neeleman está atrelada à aprovação, por parte de credores, de uma forte reestruturação financeira da Azul. A companhia conseguiu levantar no mercado aproximadamente US$ 500 milhões junto a bondholders (investidores que possuem dívidas no exterior), além de converter parte das dívidas com arrendamento em ações.