Alexandre Padilha (PT), ministro das Relações Institucionais, afirmou nesta terça-feira (10) que a hospitalização do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não impede a aprovação do pacote fiscal pelo Congresso Nacional ainda neste ano.
“O fato de Lula estar hospitalizado não impede o compromisso de votações no Congresso para que possamos concluir o ano com regras do marco fiscal consolidadas”, afirmou o ministro durante um fórum de governadores em Brasília (DF).
Na véspera do evento, os presidentes da Câmara e do Senado – Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), respectivamente – se comprometeram, em reunião com Lula, a fazer “tudo o que fosse necessário” para a votação das medidas que reforçam o marco fiscal, de acordo com Padilha.
Os médicos do presidente Lula afirmam que seu estado de saúde é estável e que ele não teve sequelas.
Segundo a equipe, Lula passou por um procedimento chamado “trepanação” para drenar um hematoma intracraniano que resultou em uma queda sofrida em outubro. O mandatário foi levado ao hospital após queixas de fortes dores de cabeça.
Lula evoluiu bem à cirurgia e está estável, dizem médicos
O presidente Lula, aos 79 anos, apresenta uma recuperação satisfatória após passar por uma cirurgia no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. De acordo com a equipe médica que acompanha o caso, ele está estável, lúcido e se alimenta sem dificuldades.
A cirurgia, com duração de aproximadamente duas horas, foi necessária para a drenagem de um hematoma extracraniano, uma complicação comum em quedas como a que Lula sofreu em outubro no banheiro do Palácio da Alvorada.
Segundo os médicos, o hematoma formou-se fora do cérebro e o presidente apresentou sintomas como mal-estar, náuseas e um estado semelhante ao de uma gripe.
Os médicos Marcos Stavale, Ana Helena Germoglio, Roberto Kalil, Rogério Tuma e Mauro Suzuki conversaram com a imprensa e tranquilizaram a todos ao descartar possíveis complicações futuras desse tipo. Eles preveem que Lula possa ter alta no início da próxima semana.
A cirurgia e a recuperação do presidente são sinais positivos, mas os especialistas reforçam a importância de acompanhamento constante devido ao histórico de complicações causadas pela queda anterior.