O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, opera em queda estendendo as perdas do íncio da sessão desta quinta-feira (12).
Por volta das 12h29 (horário de Brasília) o marcador atingia a mínima do dia, com recuo de 2,08%, aos 126.847 pontos.
O dólar comercial seguia sentido contrário do índice, ao passo que avançava 0,30%, cotado a R$ 5,97.
Ibovespa recua fortemente após decisão do Copom
Nesta quinta-feira (12), o Ibovespa registra uma forte queda, refletindo a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a Selic para 12,25% ao ano.
No mesmo horário, todas as 86 ações da carteira teórica do índice operavam no vermelho.
A queda significativa ocorre após o Banco Central não apenas aumentar a taxa de juros em 1 ponto percentual, mas também sinalizar mais dois aumentos de igual magnitude para as reuniões de janeiro e março de 2025.
Caso esse cenário se confirme, a Selic atingirá 14,25% ao ano já no primeiro trimestre do próximo ano.
Segundo Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, o movimento do BC reduz a atratividade do mercado de ações, impactando especialmente empresas com maior exposição à economia doméstica ou com elevado endividamento. Esses papéis, particularmente sensíveis às altas de juros, lideram as perdas no pregão desta manhã.
S&P 500 e Nasdaq recuam enquanto investidores analisam dados econômicos
O S&P 500 e o Nasdaq registram queda nesta quinta-feira (12), após fecharem em alta na sessão anterior.
Os investidores seguem atentos aos últimos indicadores econômicos antes da reunião do Federal Reserve marcada para os dias 17 e 18 de dezembro.
Na véspera, o Nasdaq ultrapassou os 20.000 pontos pela primeira vez, impulsionado por um rali tecnológico persistente, enquanto o S&P 500 atingiu o maior patamar em quase uma semana.
Os ganhos foram sustentados por uma leitura da inflação em linha com as expectativas, fortalecendo as chances de um corte de 25 pontos-base na próxima reunião do Fed.
Na manhã desta quinta, foi divulgado que os preços ao produtor nos EUA subiram acima das expectativas em novembro, devido a um aumento nos custos de alimentos. Apesar disso, a moderação nos preços dos serviços trouxe algum alívio, reforçando a ideia de que a desinflação pode continuar.
Além disso, os pedidos iniciais de auxílio-desemprego surpreenderam ao subir para 242.000 na semana encerrada em 7 de dezembro, acima da projeção de 220.000.
As apostas de corte na próxima semana seguem elevadas, com 98% de probabilidade segundo a ferramenta FedWatch da CME.
No entanto, os mercados precificam uma possível pausa em janeiro, refletindo declarações recentes de membros do Fed que pedem cautela no ritmo de flexibilização, destacando a resiliência da economia americana.
Cotação dos índices dos EUA:
Dow Jones: -0,08%
S&P 500: -0,14%
Nasdaq: -0,25%