O Ibovespa, principal índice do mercado acionário nacional, iniciou o pregão desta sexta-feira (13) em queda, ainda em reação à alta da Selic e expectativas para as próximas reuniões do Copom. Investidores também estão atentos à alta do IBC-Br, contrariando previsões, que esperavam queda; e à tramitação da reforma tributária.
Por volta das 10h24 (horário de Brasília) o marcador apresentava uma queda de 0,03%, aos 126.005 pontos.
Por sua vez, o dólar comercial subia 0,55%, cotado a R$ 6,0244.
O Ibovespa continua sendo influenciado pelas previsões para a decisão de 29 de janeiro do Copom (Comitê de Política Monetária) para a Selic, após alta de 1 ponto percentual nesta quarta-feira (11), a 12,25%. A maior parte do mercado (69%) prevê um aumento de 1 pp no início do ano que vem, segundo dados dos contratos de opções da B3.
O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) cresceu 0,1% em outubro, em relação a setembro, divulgou o BC (Banco Central) nesta sexta-feira (13). A alta contradiz a previsão da “Reuters”, de queda de 0,2%. O índice, que funciona como um sinalizador do PIB (Produto Interno Bruto), também superou as “Projeções Broadcast”.
Ainda no cenário nacional, o Senado aprovou, nesta quinta-feira (12), o primeiro projeto de regulamentação da reforma tributária sobre o consumo. Agora, o texto vai ser enviado novamente para a Câmara dos Deputados, para que as alterações feitas no Senado sejam analisadas. O projeto é relatado pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM).
Mais detalhes sobre o que move o Ibovespa
Com a alta da Selic nesta semana, aumentam os riscos de dominância fiscal, alertados por analistas. Mesmo que a situação ainda não esteja fora do controle, o aumento da taxa de juros pressiona os custos da dívida pública e pode prejudicar a sustentabilidade das contas públicas.
Com crescimento de 0,1%, de 154,2 para 154,4 pontos, o IBC-Br superou a mediana da pesquisa “Projeções Broadcast”, que previa variação de 0%. O nível atual do índice é o maior da série histórica. O BC também revisou os resultados de setembro, de 0,84% para 0,88%, de agosto (0,24% para 0,30%) e de julho (-0,33% para -0,31%).
Enquanto isso, a aprovação do projeto que regulamenta a emenda constitucional da reforma tributária também influencia o Ibovespa. O senado fez várias modificações no texto, o que deve elevar a estimativa para a alíquota de referência do novo IVA (Imposto sobre Valor Agregado), segundo informações do “InfoMoney”.
EUA
Um terceiro corte consecutivo na taxa de juros pelo Federal Reserve dos EUA é amplamente aguardado para a próxima semana, seguindo movimentos recentes de outros bancos centrais.
Na quinta-feira (12), o Banco Central Europeu reduziu a taxa de juros em 0,25 ponto percentual, como era esperado, enquanto o Banco Nacional Suíço surpreendeu os mercados ao anunciar um corte de 50 pontos-base.
Cotação dos índices futuros dos EUA:
Dow Jones Futuro: +0,17%
S&P 500 Futuro: +0,24%
Nasdaq Futuro: +0,47%
Bolsas asiáticas
Na Ásia-Pacífico, os mercados fecharam de forma mista, com quedas lideradas pelas bolsas da China e de Hong Kong. Esse movimento ocorreu após a Conferência Central de Trabalho Econômico da China encerrar sem detalhar novas medidas fiscais, apesar das promessas de estimular o consumo.
Entretanto, a sinalização de cortes nas taxas de juros e nos requisitos de reserva dos bancos resultou na queda inédita dos rendimentos dos títulos de 10 anos do governo chinês para abaixo de 1,8%.
Shanghai SE (China), -2,01%
Nikkei (Japão): 0,00%
Hang Seng Index (Hong Kong): -2,09%
Kospi (Coreia do Sul): +0,50%
ASX 200 (Austrália): -0,41%
Bolsas europeias
Na Europa, os mercados apresentam desempenho irregular, com investidores atentos a dados econômicos. Enquanto o BCE cortou as taxas de juros em 0,25 ponto percentual e sinalizou possíveis novas reduções, o Banco Nacional Suíço surpreendeu com um corte maior que o esperado.
O foco agora se volta para os indicadores econômicos, incluindo os números atualizados da inflação na França e os dados do PIB do Reino Unido no último trimestre.
FTSE 100 (Reino Unido): +0,20%
DAX (Alemanha): +0,45%
CAC 40 (França): +0,08%
FTSE MIB (Itália): +0,19%
STOXX 600: -0,01%