Os preços do petróleo fecharam nesta sexta-feira (13) em alta expressiva, em um pregão marcado pela recuperação do prêmio de risco no Oriente Médio, pelas perspectivas de aumento do estímulo chinês e pela possibilidade de sanções mais rigorosas à Rússia e ao Irã.
No fechamento, o petróleo tipo Brent para fevereiro avançou 1,90%, cotado a US$ 74,49 por barril, enquanto o WTI para janeiro registrou alta de 1,81%, encerrando a US$ 71,29 por barril.
Para 2025, as perspectivas são mistas. A Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados) reduziu sua estimativa de crescimento da demanda de petróleo para o próximo ano, projetando 1,45 milhão de barris por dia, ante 1,54 milhão anteriormente. Por outro lado, segundo o Valor, a AIE (Agência Internacional de Energia) elevou sua estimativa para 1,1 milhão de barris por dia.
Petróleo fortalece o Brasil como notável player global de exportação
O resultado da balança comercial brasileira, divulgado na semana passada, mostrou que o petróleo se tornou a commodity mais exportada do País. Para especialistas, isso fortalece o Brasil como um novo player mundial do setor e puxa mais investimentos externos.
Conforme dados disponibilizados pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, de janeiro a novembro o petróleo desbancou a soja de forma inédita na série histórica e se tornou o principal produto da exportação brasileira.
No período de 11 meses, o embarque da commodity somou o valor de US$ 42,76 bilhões, o que representa um avanço de 9,5% contra o mesmo período do ano passado.
Na visão de Bruno Carlos de Souza, CEO da Souzamaas, quando se trata especialmente do petróleo cru de alta qualidade, esses dados consolidam o Brasil como um importante player global.
“Isso atrai investimentos internacionais e posiciona o país como um fornecedor estratégico, especialmente para regiões como Ásia e Europa. Além disso, a diversificação de mercados compradores aumenta a resiliência econômica diante de oscilações no mercado global”, disse o executivo em resposta ao BP Money.