O Copom (Comitê de Política Monetária) destacou em sua ata liberada na manhã desta terça- feira (17) que a decisão do conselho foi unânime em aumentar em um p.p (Ponto Percentual) de 11,25% para 12,25%, acelerando o ritmo de altas, e demonstrando cautela de acordo com o site Valor Investe.
Com esse novo acréscimo, é esperado uma tendência de mesma magnitude pode se repetir nas duas próximas reuniões. Segundo o documento, uma série de provisões negativas se confirmaram fazendo a preocupação do órgão aumentar. Diante disso, é necessária uma postura de cautela frente a futuras adversidades, “Materialização dos riscos permitiu maior visibilidade para que o Comitê oferecesse indicação de como antecipa as próximas decisões”, afirmou o Comitê na ata.
O aumento do mercado de trabalho foi destacado, aliado a um maior rigor na liberação de linhas de crédito demonstram uma atenção à realidade do país, porém destacou uma austeridade no aumento de salários, mesmo reconhecendo o mesmo em níveis elevados.
As companhias estão absorvendo a massa trabalhadora. Com a valorização dos salários, os custos de empregabilidade aumentam, levando a um repasse no aumento do preços dos produtos, logo, um crescimento na inflação, já que as despesas estão sendo repassadas.
Dólar e expectativas
A depreciação do real também foi muito levada em conta na decisão. Segundo o BC (Banco Central), “O repasse aumenta quando as expectativas estão desancoradas ou o movimento cambial é considerado mais persistente”.
O ritmo da inflação norte americano ainda não está evidente, levando a dúvida também na desaceleração do país e movimentação de valor de produção, mais incerteza ao cenário.
A última leitura do IPCA (Índice de preços ao consumidor) mostrou que nos últimos 12 meses o indicador está 4,87% acima do valor da meta da inflação. Superando a margem de 1,5 p.p para cima ou para baixo.